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DE 4826 : Plano 56 : 1 : P.gina 1 - Económico

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38 Diário Económico Quarta-feira 24 Fevereiro 2010<br />

FINANÇAS<br />

O presidente da Privado<br />

Holding, Diogo Vaz Guedes,<br />

admite avançar com<br />

acções em tribunal.<br />

“Fizemos o que era nosso dever<br />

Diogo Vaz Guedes garante que a Privado Holding, que detém o banco, tentou tudo mas que sem<br />

“<br />

Maria Ana Barroso<br />

maria.barroso@economico.pt<br />

O presidente da Privado Holding<br />

garante que a sua administração<br />

fez tudo o que estava ao seu alcance<br />

para tentar salvar o Banco<br />

Privado Português (BPP). Diogo<br />

Vaz Guedes assegura ainda que<br />

sem vontade política não é possível<br />

salvar o banco. E garante que<br />

os accionistas não deixarão de<br />

pedir responsabilidades a quem<br />

não cumpriu o princípio que ditou<br />

a intervenção no banco: o de<br />

tentar encontrar um caminho<br />

para salvar a instituição.<br />

“Fizemos o que era nosso dever”,<br />

diz Vaz Guedes, em declarações<br />

ao Diário Económico. O<br />

responsável afirma que a Privado<br />

Holding fez chegar ao Banco de<br />

Portugal“tudooqueerasuposto<br />

entregar daquilo que é a sua directa<br />

responsabilidade” quanto<br />

ao plano proposto para o BPP, desenhado<br />

em conjunto com o gru-<br />

po Orey. Sem concretizar, Vaz<br />

Guedes deixa críticas implícitas<br />

aoBancodePortugaleàsautoridades,<br />

bem como a Adão da Fonseca,<br />

devido à praticamente exclusiva<br />

dedicação destes à questão<br />

dos clientes, em detrimento<br />

da salvação do banco.<br />

“Fomos a única entidade que<br />

apresentou um plano de recuperação<br />

e saneamento da instituição.<br />

Encontrámos um parceiro<br />

que queria investir. Encontrámos<br />

uma solução junto<br />

do sector privado e dos accionistas<br />

e uma solução técnica que<br />

permitiria viabilizar o banco,<br />

economizando as perdas para o<br />

erário público e permitindo aos<br />

clientes recuperar o seu dinheiro”,<br />

explica o accionista.<br />

Vontade política<br />

A Privado Holding, que detém o<br />

BPP a 100%, entregou a 10 de Fevereiro<br />

ao Banco de Portugal um<br />

derradeiro plano para a recupe-<br />

Esse ingrediente<br />

chamado vontade<br />

política não pode estar<br />

separadodeumplano<br />

de recuperação<br />

do banco. A esperança<br />

existe sempre<br />

dequesedeixemde<br />

alimentar polémicas<br />

e raciocínios assentes<br />

no passado para se<br />

construir algo que<br />

possa fazer sentido.”<br />

Diogo Vaz Guedes<br />

Presidente da Privado Holding<br />

ração do banco. Fonte oficial do<br />

supervisor bancário confirmou<br />

depois a recepção desse dossier,<br />

mas garantiu que o mesmo estava<br />

“muito incompleto”. Vaz Guedes<br />

justifica as partes em falta dizendo<br />

que “há duas componentes<br />

que não controlamos: uma relacionada<br />

com o envolvimento do<br />

sistema financeiro e outra que resulta<br />

da vontade política”.<br />

“Como a Privado Holding não<br />

pode assumir nenhuma responsabilidade<br />

política, não lhe compete<br />

decidir qualquer vontade<br />

política”, acrescenta, garantindo,<br />

no entanto, que “esse ingrediente<br />

chamado vontade política<br />

não pode estar separado de um<br />

plano de recuperação do banco”.<br />

Terá sido precisamente o envolvimento<br />

pedido ao Estado o<br />

“pecado” que comprometeu,<br />

desde o início, os sucessivos planos<br />

que a administração do BPP,<br />

liderada por Adão da Fonseca, e a<br />

Privado Holding fizeram chegar<br />

ao Banco de Portugal. Embora<br />

este último plano não envolva<br />

uma injecção de capital directa<br />

do Estado no BPP, as Finanças deram<br />

já a entender que mantêm as<br />

reticências quanto a um qualquer<br />

envolvimento estatal.<br />

OpresidentedaPrivadoHolding<br />

deixa perceber, sem o admitir<br />

claramente, que dificilmente<br />

será possível, no quadro<br />

actual, salvar o banco. Até porque<br />

sem uma injecção de capital,<br />

a criação do fundo que retirará do<br />

BPP os clientes de retorno absoluto<br />

(ver texto ao lado) deverá<br />

tornar quase inevitável do fim da<br />

instituição.<br />

Questionado, Diogo Vaz Guedes<br />

refere apenas que “depois do<br />

esforço desenvolvido, a esperança<br />

existe sempre. É a esperança<br />

de que se deixem de alimentar<br />

polémicas e raciocínios demasiado<br />

assentes em situações do passado<br />

para se construir algo que<br />

possa fazer sentido ainda”. O

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