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edição de 26 de agosto de 2019

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Fotos: Alê Oliveira e Divulgação<br />

“A belezA do ser<br />

humAno é A suA<br />

imperfeição,<br />

que o motivA A<br />

mudAr”<br />

Luiz Sanches, chairman e CCO da AlmapBBDO<br />

Hugo Rodrigues, da WMcCann, é um dos palestrantes<br />

Your Greatness porque ela mostra<br />

que tudo é acessível ao ser<br />

humano”, argumenta Quintela.<br />

Dois gran<strong>de</strong>s painéis trazem<br />

à tona os temas O futuro<br />

da TV: seja o primeiro a saber;<br />

e A maior invenção do marketing<br />

é o ser humano, este<br />

com participação <strong>de</strong> Hugo Rodrigues,<br />

chairman e CEO da<br />

WMcCann; Marcelo Bicudo, da<br />

Superunion Brand Consultancy;<br />

e Moritz Wolff, da Dunnhumby.<br />

Por que as marcas precisam ter<br />

valor humano?<br />

Bicudo respon<strong>de</strong>: “Por dois<br />

principais motivos. Primeiro,<br />

por mais processos e plataformas<br />

tecnológicas que uma<br />

marca possua é fundamental<br />

sabermos que existem pessoas<br />

por trás, operando e criando<br />

produtos, serviços e comunicação.<br />

É preciso compreen<strong>de</strong>r<br />

que o principal ativo <strong>de</strong> uma<br />

empresa são as pessoas e a<br />

cultura <strong>de</strong> marca. Em segundo<br />

lugar, se o consumidor está no<br />

centro <strong>de</strong> tudo e se o customer<br />

experience é fundamental para<br />

o relacionamento entre pessoas<br />

e marcas, novamente é preciso<br />

ter a consciência <strong>de</strong> que não<br />

apenas as pessoas precisam<br />

confiar nas marcas, mas também<br />

as marcas precisam confiar<br />

nas pessoas. Essa é gran<strong>de</strong><br />

revolução, que vai além <strong>de</strong> ter<br />

um propósito”.<br />

O executivo da Superunion<br />

Brand Consultancy prossegue:<br />

“É fundamental saber que as<br />

pessoas não compram marcas<br />

ou produtos apenas. Elas compram<br />

uma história, elas cobram<br />

atitu<strong>de</strong>s, compram a ética, que<br />

está por <strong>de</strong> trás da estética. Para<br />

fugir <strong>de</strong> uma relação meramente<br />

transacional, é fundamental<br />

ter essa compreensão. Se a<br />

verda<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma marca ocorre<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro para fora (employer<br />

experience) e <strong>de</strong> fora para <strong>de</strong>ntro<br />

(customer experience), a relação<br />

entre pessoas passa a ser<br />

fundamental para que as coisas<br />

sejam realizadas <strong>de</strong> fato para<br />

uma marca. Cada funcionário é<br />

um embaixador ou <strong>de</strong>trator. O<br />

mesmo para os clientes”, <strong>de</strong>staca<br />

Bicudo.<br />

ÍCONES<br />

Três profissionais do mercado<br />

foram eleitos para receber o<br />

prêmio Ícones da Propaganda:<br />

Luiz Sanches, chairman e CCO<br />

da AlmapBBDO; Marcia Esteves,<br />

presi<strong>de</strong>nte e CEO da Grey<br />

Brasil; e Erh Ray, CEO da BETC<br />

Havas.<br />

“A troca humana permite<br />

um aprendizado sempre diferente.<br />

Po<strong>de</strong>mos fazer cursos<br />

e mais cursos, mas se sentar<br />

em uma praça e trocar experiências<br />

tem valor inestimável.<br />

Nada substitui a troca<br />

humana. Máquinas ajudam o<br />

ser humano a <strong>de</strong>sempenhar<br />

melhor seus papéis. Seja por<br />

otimização, velocida<strong>de</strong>, eficiência<br />

e <strong>de</strong> forma divertida. Quase<br />

sempre olhamos para o processual<br />

<strong>de</strong> fábrica, que é substituir<br />

o operacional por máquinas.<br />

Mas também têm outros olhares,<br />

mais humanos, que estimulam<br />

a criativida<strong>de</strong> genuína para<br />

resolver problemas e observar<br />

oportunida<strong>de</strong>s para as marcas”,<br />

enfatizou Marcia Esteves.<br />

“As marcas passaram a ter<br />

um caráter mais humano <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

o advento da internet. Passaram<br />

a ser influencers <strong>de</strong> pessoas<br />

que compartilham o que<br />

gostam. Porém, elas precisam<br />

ser inspiradoras. As pessoas<br />

as seguem por alguma razão,<br />

caso contrário excluem dos<br />

seus pontos <strong>de</strong> contato. As<br />

marcas têm a obrigação <strong>de</strong> não<br />

repetir discursos. Elas também<br />

não querem tomar tiro<br />

nas re<strong>de</strong>s sociais. Mas uma<br />

Sandra Martinelli, presi<strong>de</strong>nte-executiva da ABA<br />

Erh Ray, da BETC Havas, é um dos Ícones da Propaganda<br />

marca só vai criar lovers se<br />

tiver haters. Ela tem <strong>de</strong> saber<br />

transitar e saber que é normal<br />

receber feedbacks negativos<br />

para po<strong>de</strong>r se fortalecer lados<br />

positivos. As marcas têm uma<br />

responsabilida<strong>de</strong> muito maior<br />

hoje. Antigamente era um diálogo<br />

<strong>de</strong> uma via só”, diz Luiz<br />

Sanches.<br />

“O valor humano das marcas<br />

é uma tendência que veio<br />

para ficar. As marcas trouxeram<br />

as pessoas para o centro<br />

da conversa. As empresas <strong>de</strong>ixaram<br />

<strong>de</strong> falar sobre si e começaram<br />

a falar sobre as pessoas<br />

que usam seus produtos.<br />

E para essa dinâmica ocorrer<br />

é necessário que elas tenham<br />

propósito e se posicionem em<br />

relação a assuntos importantes<br />

para a socieda<strong>de</strong>”, <strong>de</strong>clara<br />

Erh Ray.<br />

PAINéIS<br />

Por outro lado, se o capital<br />

humano transfere as suas características<br />

para as marcas,<br />

voltar às origens exige KPIs<br />

mercadológicos com olhar não<br />

sectário dos executivos por trás<br />

do planejamento estratégico. E<br />

também da ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> fornecedores.<br />

O consumidor reage em<br />

tempo real e faz provocações<br />

capazes <strong>de</strong> minar processos <strong>de</strong><br />

branding. A vantagem é que<br />

recomeçar e mostrar mudanças<br />

consistentes é aceitável. Ou<br />

seja, errou, corrigiu. Não é apagar<br />

da lousa conceitos equivocados.<br />

É preciso reescrever com<br />

todos os pingos nos is.<br />

Os canais <strong>de</strong> mídia também<br />

estão se reinventando. A TV,<br />

que concentra no Brasil cerca<br />

<strong>de</strong> 70% dos investimentos em<br />

publicida<strong>de</strong>, corre para se conectar<br />

com as novas nuances<br />

<strong>de</strong> consumo <strong>de</strong> canais na era<br />

multitelas e on <strong>de</strong>mand. Um<br />

jornal propmark - <strong>26</strong> <strong>de</strong> <strong>agosto</strong> <strong>de</strong> <strong>2019</strong> 31

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