SCMedia News | Revista | Dezembro 2019
A revista dos profissionais de logística e supply chain.
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DEZEMBRO <strong>2019</strong><br />
“muito bem trabalhadas e comunicadas em<br />
empresas que estão com níveis de maturidade<br />
de procurement mais avançados”, mas<br />
explica que “quando a maturidade não está<br />
nesses níveis, normalmente fala-se do cost<br />
management, e às vezes da contribuição para o<br />
top line growth”.<br />
VAMOS TER A NECESSIDADE<br />
DE TRABALHAR MAIS COM<br />
STARTUPS E COM PEQUENOS<br />
FORNECEDORES QUE MERECEM<br />
UM TRATAMENTO MUITO<br />
MAIS ÁGIL E FLEXÍVEL, MENOS<br />
BUROCRÁTICO, DE FORMA<br />
A AJUDÁ-LOS A TRABALHAR<br />
CONNOSCO<br />
FUTURO DA FUNÇÃO<br />
PROCUREMENT<br />
“Gosto de trabalhar no sentido de olhar para<br />
a minha bola de cristal e prever o que vai ser<br />
o futuro daqui a um… dois… cinco anos…”,<br />
e antecipa que muitas das tarefas que hoje<br />
são feitas pelas suas equipas de procurement<br />
deixarão de ser feitas por pessoas: “o mundo de<br />
procurement está em grande transformação.<br />
Por via das tecnologias, muitas das tarefas<br />
que são repetitivas vão ser automatizadas<br />
e tratadas por máquinas. Repetição leva a<br />
automatização, e as máquinas vão fazer melhor<br />
essas tarefas que o humano. Estamos numa<br />
altura crítica para assumir o mandato e para<br />
redefinir e reposicionar a função procurement<br />
dentro da empresa”.<br />
“Temos de ter a astúcia e a coragem para<br />
assumirmos a responsabilidade de reinventar<br />
a nossa proposta de valor para o negócio,<br />
de entrarmos em áreas que se calhar não<br />
tínhamos explorado antes, no sentido de<br />
continuarmos a ser relevantes para o negócio,<br />
porque se o procurement deixar de ser<br />
relevante para o negócio, encontra-se em<br />
risco de desaparecer”, comenta, pintando um<br />
cenário de transformação acelerada para o<br />
procurement, “temos de nos elevar para uma<br />
ambição de nível estratégico, entregando<br />
valor ao negócio, mas temos de redefinir esse<br />
valor”.<br />
Pedro Hugo Rocha considera que a gestão<br />
de categoria (category management) e<br />
de fornecedores (supplier relationship<br />
management) são o coração do procurement,<br />
e que deve ser neles que devemos continuar<br />
a investir. “Ao mesmo tempo, devemos tirar<br />
partido das tecnologias para encontrar<br />
novas formas de perceber os mercados de<br />
fornecimento e as necessidades de compra das<br />
nossas empresas”, explica, recomendando o<br />
uso de Inteligência Artificial ou de Advanced<br />
Analytics para ajudar as empresas a “perceber,<br />
avaliar e interpretar toda a informação<br />
existente, e desta forma adaptar regularmente<br />
as nossas estratégias de compras”.<br />
Por outro lado, o profissional de<br />
procurement defende que dada a aceleração<br />
tecnológica iremos lidar com um novo tipo<br />
de fornecedores. “Hoje temos uma rede de<br />
fornecedores relativamente estável nas nossas<br />
empresas”, explica, mas que “com o advento<br />
da tecnologia e do digital nos sectores em<br />
que trabalhamos, vamos ter necessidade de<br />
trabalhar mais com startups e com pequenos<br />
fornecedores que merecem um tratamento<br />
muito mais ágil e flexível. Em suma, focar<br />
menos nas questões contratuais e legais e<br />
mais em ajudar a financiar esses pequenos<br />
fornecedores a que se tornem maiores”.