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NOREVISTA ABRIL 2021

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REPORTAGEM<br />

De acordo com as caraterísticas do<br />

cenário de restrição o estudo recomenda<br />

as seguintes políticas públicas. Por um<br />

lado, “melhorar a passagem da esfera<br />

escolar para a esfera do mundo do<br />

trabalho”, entre vários motivos, foca no<br />

facto de os planos de carreira começarem<br />

a ser definidos no ensino médio. Por<br />

outro lado, defende a “promoção<br />

da propriedade dos funcionários –<br />

employee stock ownership (ESOPs)” ou<br />

propriedade de ações por funcionários,<br />

é quando os funcionários de uma<br />

empresa possuem ações nessa empresa.<br />

ESOPs demonstram que aumentam a<br />

produtividade do trabalhador, segurança<br />

económica e compensação (IFTF, 2014,<br />

p. 12).<br />

Por último, no cenário de transformação<br />

ou transformista encontramos o<br />

“indivíduo amplificado”. Neste ponto,<br />

os “custos de coordenação caem<br />

significativamente”, o “capital para<br />

empresas de crowdfunding, bancos e os<br />

VCs fluem livremente”. Este cenário é<br />

“altamente empreendedor para empresas<br />

e mentalidades flexíveis” e o “equilíbrio<br />

de poder muda de grandes organizações<br />

para indivíduos” (IFTF, 2014, p. 13).<br />

E como políticas públicas para este<br />

cenário recomendam “disponibilizar<br />

microcréditos para empreendedores de<br />

renda baixa”, como também, promover<br />

“módulos de empreendedorismo em<br />

toda a educação”, e por fim, “apoiar<br />

o desenvolvimento de negócios<br />

cooperativos dos trabalhadores” (IFTF,<br />

2014, p. 15).<br />

Em suma, os quatro cenários neste<br />

relatório fornecem uma experiência<br />

numa ampla gama de desafios<br />

enfrentados por jovens desfavorecidos<br />

no futuro emergente. Os autores<br />

do estudo realçam que “todos esses<br />

cenários estão já acontecendo, até certo<br />

ponto e numa escala de cidade por<br />

cidade. A partir daqui o futuro não irá<br />

evoluir exatamente como descrito em<br />

qualquer um dos quatro cenários, mas<br />

provavelmente entrelaça os elementos<br />

de cada um”. Assim, defendem que<br />

“será importante para as partes<br />

interessadas perseguir um portfólio<br />

de estratégias e políticas durante os<br />

próximos dez anos para tirar jovens<br />

desfavorecidos do desemprego” (IFTF,<br />

2014, p. 16).<br />

Concluída a exposição da teoria<br />

desenvolvida pelo Institute for the<br />

Future, passamos agora a demonstrar<br />

a teoria elaborada por Hesse e Olsen<br />

da PricewaterhouseCoopers (PwC).<br />

Esta perspetiva contém quatro mundos<br />

alternativos de trabalhos, todos<br />

com nomes e cores diferentes. Esses<br />

exemplos, reconhecidos pelos autores,<br />

como “extremos” de como o trabalho<br />

poderia ser em 2030 são moldados<br />

“pelas maneiras como as pessoas e as<br />

organizações respondem às forças do<br />

coletivismo e do individualismo, num<br />

eixo, e integração e fragmentação, no<br />

outro” (Hesse & Olsen, 2017). Desta<br />

forma, existe o “mundo vermelho”, o<br />

“mundo azul”, o “mundo verde” e o<br />

“mundo amarelo”, cada um deles com<br />

caraterísticas distintas.<br />

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