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NOREVISTA ABRIL 2021

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ARTIGO TEMÁTICO | ALIMENTAÇÃO<br />

REPORTAGEM<br />

UE está a estudar o aumento das<br />

restrições dos produtos de origem<br />

vegetal e 76,4% dos consumidores<br />

portugueses não estão de acordo<br />

Estudo da Universidade Católica<br />

para a Upfield apura o conhecimento<br />

dos consumidores portugueses<br />

relativamente a produtos vegetais no<br />

sentido de averiguar a necessidade,<br />

ou não, de uma regulamentação mais<br />

restritiva sugerida pela União Europeia<br />

com a Alteração 171.<br />

De acordo com um estudo realizado a<br />

uma amostra representativa de 1013<br />

consumidores portugueses, 95.9% dos<br />

inquiridos sabe distinguir produtos<br />

lácteos e produtos de origem vegetal<br />

quanto à origem dos seus ingredientes<br />

e não se confundem com as diferentes<br />

alternativas.<br />

75.5% dos inquiridos “gostaria que as<br />

restrições legislativas aplicadas a nível<br />

europeu na rotulagem de produtos<br />

lácteos cumprissem as mesmas regras<br />

para rotular os produtos de origem<br />

vegetal”, regras essas que hoje são mais<br />

restritivas para os produtos de origem<br />

vegetal.<br />

Apenas 11.2% dos consumidores estão<br />

a par da atual legislação que regula<br />

a rotulagem de produtos de origem<br />

vegetal.<br />

A maioria dos portugueses (96.4%)<br />

sabe que os produtos de origem<br />

vegetal (plant-based) são produtos<br />

com ingredientes maioritariamente<br />

provenientes de origem vegetal e<br />

95.9% sabe identificar corretamente<br />

a diferença entre produtos lácteos e<br />

produtos de origem vegetal quanto à<br />

origem dos ingredientes com que são<br />

produzidos. Estas são as conclusões<br />

de um estudo levado a cabo pela<br />

Universidade Católica para a Upfield,<br />

a produtora líder de cremes vegetais,<br />

margarinas e alternativas vegetais<br />

ao queijo com mais de 100 marcas,<br />

incluindo a PLANTA e BECEL.<br />

Este estudo procurou determinar<br />

o conhecimento dos consumidores<br />

relativamente às alternativas vegetais<br />

e insere-se no contexto da discussão<br />

da Alteração 171 por parte da Comissão<br />

Europeia, Conselho da UE e Parlamento<br />

Europeu, previsto durante o mês de<br />

março. Esta alteração, apresentada<br />

por um grupo político que alega que<br />

as práticas atuais de rotulagem de<br />

alimentos de origem vegetal enganam<br />

os consumidores, visa impor diversas<br />

restrições na nomenclatura, no tipo<br />

de embalagens, e nas imagens e<br />

comunicações que podem ser utilizadas<br />

nos produtos de origem vegetal.<br />

Com o objetivo de avaliar perceções<br />

dos consumidores sobre produtos de<br />

origem vegetal a partir de diferentes<br />

nomenclaturas e a sua capacidade para<br />

os distinguir de produtos de origem<br />

animal, o estudo demonstra que os<br />

portugueses não ficam confusos no<br />

supermercado e sabem identificar<br />

e diferenciar os produtos de origem<br />

vegetal, como no caso da ‘alternativa de<br />

soja ao iogurte’ (95.1% dos inquiridos<br />

considerou que este é um produto de<br />

origem vegetal) ou do queijo vegan<br />

onde 97,2% classificou corretamente<br />

como ‘alternativa vegetal ao queijo’.<br />

Assim, a respeito da rotulagem, 76.4%<br />

dos consumidores entendem que<br />

termos como ‘cremoso’ ou ‘não contém<br />

lactose’ poderão aparecer nos rótulos<br />

para qualificar alternativas de origem<br />

vegetal, o que, segundo a Alteração<br />

171 sugerida pela União Europeia não<br />

poderá ser permitida.<br />

Francisco Guerreiro, eurodeputado<br />

do Verdes / EFA, comenta que “é<br />

lamentável, em primeiro lugar, que a<br />

imposição de mais restrições ao sector<br />

alimentar de produtos vegetais seja<br />

sequer discutida. O grupo político que<br />

propôs esta alteração defende que<br />

as práticas atuais de rotulagem de<br />

produtos à base de plantas confundem<br />

os consumidores - uma alegação criada<br />

por setores que estão insatisfeitos com a<br />

crescente preferência dos consumidores<br />

por alternativas à base de plantas. Este<br />

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