NOREVISTA ABRIL 2021
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REPORTAGEM<br />
de eventuais desafios de segurança,<br />
bem como o controlo de possíveis<br />
riscos inerentes à prática turística<br />
e ainda a divulgação de informação<br />
sobre a oferta de serviços de apoio<br />
em casos de emergência, que se<br />
tornará numa prioridade”.<br />
Será ainda premente que o cliente<br />
comece a procurar maior<br />
flexibilidade aquando da<br />
escolha do destino turístico,<br />
fator que deverá ser acompanhado<br />
pela inovação, de forma a conferir<br />
mais direitos aos turistas em matéria<br />
de viagens, nomeadamente no que se<br />
refere aos requisitos de informação<br />
ou à responsabilidade de cada parte<br />
pela execução da viagem.<br />
A Secretária de Estado considera,<br />
também, que o cliente procurará<br />
mais atividades de nicho, nas quais<br />
a saúde e experiências ao ar livre<br />
serão fatores inovadores, daí que<br />
se imponha “trabalhar a oferta que<br />
privilegia a Natureza”.<br />
Num inquérito realizado pelo IPDT,<br />
é referida uma tendência que se<br />
poderá vir a verificar nos próximos<br />
tempos: o peso do preço deixará<br />
de ser tão determinante, já que, a<br />
curto-prazo, o turista irá priorizar<br />
a segurança, optando por destinos e<br />
ofertas ligeiramente mais caras caso<br />
possam usufruir de experiências<br />
mais seguras.<br />
Na verdade, um estudo da Singerman<br />
e Makon, de agosto de 2020, refere<br />
que mais de 70% das pessoas não<br />
ponderavam viajar para um destino<br />
que registe indicadores altos de<br />
transmissão de COVID-19, “mesmo<br />
que os preços praticados ao nível do<br />
turismo sejam baixos”.<br />
Apesar de a ETC e a TE terem<br />
referido, como acima foi<br />
mencionado, que os valores do<br />
turismo a nível global 2019 só<br />
deveriam começar a verificar-se<br />
entre 2023-2025, no inquérito do<br />
IPDT, sobre a retoma do Turismo,<br />
onde 56% dos inquiridos afirmavam<br />
que o ano de 2022 já será um ano de<br />
progresso e onde serão alcançados os<br />
resultados de 2019: “acredita-se que<br />
em 2022 a pandemia de COVID-19<br />
estará ultrapassada. As pessoas vão<br />
sentir-se mais seguras para viajar e<br />
o ecossistema turístico recuperará,<br />
o que tornará possível alcançar<br />
resultados próximos dos registados<br />
em 2018 e 2019”.<br />
A comunicação dos destinos será<br />
determinante para a retoma do setor,<br />
dizem os especialistas. O inquérito do<br />
IPDT revelou que 75% dos inquiridos<br />
concordam com a afirmação “os<br />
destinos que tiverem os canais de<br />
comunicação ativos e atualizados vão<br />
sair na frente da corrida na preferência<br />
dos turistas”.<br />
O turista, antes de fazer qualquer<br />
tipo de reserva, irá, provavelmente,<br />
procurar informação sobre a evolução<br />
pandémica no destino, daí que a<br />
disponibilização organizada dos dados<br />
num portal será uma mais-valia para<br />
qualquer destino. Também as medidas<br />
de entrada no país, como já se fez<br />
referência ao longo do texto, serão<br />
fator influenciador para as reservas.<br />
No futuro, a estadia média não deverá<br />
diminuir e os gastos dos turistas<br />
devem aumentar – são também<br />
algumas das conclusões do inquérito<br />
do IPDT. O slow tourism vai marcar<br />
o futuro do turismo, que contribuirá<br />
para que a estadia média não sofra<br />
grandes diminuições. Assim sendo, os<br />
turistas vão procurar a oportunidade<br />
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