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Bert Helinger - Olhando para a alma das crianças

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Rupert Sheldrake fala de uma mente ampliada. Trata-se de um campo em

que se encontram todos os nossos antepassados, assim como tudo aquilo

que já ocorreu. Nesse campo, todos estão em ressonância com todos. Somos

influenciados por ele.

Qual é o resultado? Ninguém pode ser diferente do que é. Nossos pais não

poderiam ter sido diferentes do que foram. Nós não podemos ser diferentes

do que somos e nossos alunos não podem ser diferentes do que são.

Quando olhamos para os alunos que causam problemas na escola, sabemos

que eles não podem ser diferentes do que são. Quando olhamos para seus

pais e para o sistema do qual eles vêm, compreendemos por que são como

são.

RESSONÂNCIA COM OS EXCLUÍDOS

Aqui há um aspecto que deve ser especialmente observado. Um sistema é

perturbado quando alguém foi excluído, mesmo muitas gerações atrás.

Quando uma criança se comporta de uma forma diferente da que

desejávamos, está olhando, em seu sistema, para uma pessoa que foi

excluída. Assim, a criança se comporta de uma forma diferente, por amor.

Ao trabalhar com essa criança, podemos olhar com ela para essa pessoa

excluída. Podemos falar com seus pais sobre isso e talvez descobrir quem

é essa pessoa excluída. Se olharmos e respeitarmos essa pessoa junto com

os pais, nós a integramos à família. Então, a criança pode mudar. Porém,

não é só a criança quem muda, a família também muda. Dessa forma,

quando um professor age assim e conhece os contextos sistêmicos, ele atua

também na família. Por isso, a Pedagogia Sistêmica atua, através da escola,

também nas famílias e na sociedade.

Alguns professores que olham apenas para os alunos se deprimem, pois

percebem que não fazem progresso. Experimentam um burn-out. Existem

remédios simples contra esses burn-outs. Olhamos através das crianças

para seus pais com amor e damos a eles um lugar em nosso coração. De

repente, já não estamos mais sozinhos. Podemos dividir com os pais aquilo

que carregamos sobre os ombros como se fôssemos os únicos responsáveis

pela criança e irmos com mais alegria para o trabalho.

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