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Bert Helinger - Olhando para a alma das crianças

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elas: "Como é possível que se comportem assim?", olhamos com elas para

uma pessoa excluída e a acolhemos. Quando essa pessoa é acolhida na alma

dos pais, da família e do grupo, a criança se sente aliviada e pode,

finalmente, ficar livre do emaranhamento a outra pessoa.

Tendo consciência disso, podemos esperar até que saibamos aonde o

comportamento dessa criança nos leva, aonde ele nos leva como pais ou

como outros membros da família. Se formos até lá com as crianças e

acolhermos a outra pessoa, as crianças serão liberadas.

Quem mais será liberado? Também nós, como pais ou outros membros da

família. De repente, tornamo-nos diferentes e mais ricos, porque demos um

lugar dentro de nós a algo que antes estava excluído. Agora todos podem

se comportar de forma diferente no presente. Com mais amor, mais

benevolência, para além de nossas distinções baratas entre bom e mau, que

talvez nos façam achar que somos melhores e que os outros são piores,

embora, na verdade, aqueles que vemos como piores apenas amem de uma

forma diferente. Se olharmos junto com eles para onde amam, acabam as

distinções entre bom e mau.

Outra conclusão é, naturalmente, que nossos pais são bons e que por trás

de todas as coisas pelas quais criticamos nossos pais, atua o amor. Contudo,

esse amor não está voltado para nós, mas para outro lugar. Está voltado

para onde eles olharam quando crianças, para alguém que queriam trazer

para dentro da família. Se começarmos a dar um lugar dentro de nós para

esses excluídos, olharemos junto com os nossos pais para o lugar onde eles

amam. Então ficamos livres, e nossos pais também. De repente,

experimentamo-nos em uma situação completamente diferente e

aprendemos o que significa o amor verdadeiro.

TUDO

Antes de fazermos um exercício, lerei um pequeno texto de um livro novo

meu: "Verdade em Movimento”. Nesse livro há um breve texto que resume,

em um nível filosófico, o que acabei de explicar. O texto se chama "Tudo".

"Tudo pode apenas ser tudo porque está conectado com tudo. Portanto,

cada pessoa está conectada com tudo. Assim, nada pode ser individual.

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