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PARTICIPANTE: Mesmo se esses avós estiverem, de alguma forma,
envolvidos com a morte, por exemplo, da mãe?
HELLINGER: O que quer dizer com envolvidos?
PARTICIPANTE: Se não tiverem fortalecido o filho o suficiente para a vida
e, por isso, ele não tiver conseguido permanecer vivo.
HELLINGER: Essas são interpretações da pior espécie. Nunca devemos
insinuar algo assim. Se os avós desejarem assumir a criança, este é o melhor
lugar para ela. Temos que saber que uma criança possui uma profunda
lealdade para com sua família e deseja permanecer nela. Quer permanecer
junto com maus pais, com pais que batem nela. A criança quer ficar com
eles. Se a tomamos dos pais e acreditamos que estará melhor em outro
lugar, a criança se pune. Devemos ser extremamente cuidadosos e ir com a
alma da criança. Devemos respeitar sua lealdade e seu amor. Quando
fazemos isso, ela pode se desenvolver. Quando tiramos a criança de sua
família partindo de uma perspectiva externa, é ruim.
É muito ruim quando um casal adota crianças de países distantes. É melhor
para a criança morrer lá. Muitas vezes, é melhor para a criança morrer lá.
Ela permanece vinculada a seu destino. Muitos acreditam poder intervir no
destino de uma criança, como se isso fosse melhor para ela. Devemos ter
cuidado nesse aspecto. Há exceções, não quero generalizar.
Ao escolher pais adotivos, aqueles que têm filhos próprios são melhores
que os que não têm filhos. Os juizados de menores sabem disso, não preciso
dizer. Porque senão a criança será um substituto, e isso não é bom.
Entretanto, quando os pais adotivos são movidos de coração porque
desejam ajudar uma criança, isso é bom. Porém, se querem a criança só
porque não podem ter filhos próprios, não é bom. Todavia, mesmo pais
assim podem desejar fazer algo pela criança, aí é outra coisa. Isso
desempenha um papel importante aqui.
PAIS E PAIS ADOTIVOS?
PARTICIPANTE: Você poderia dizer mais alguma coisa sobre uma postura
benéfica dos pais adotivos em relação aos pais verdadeiros?