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Bert Helinger - Olhando para a alma das crianças

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que o leve. Vou contar uma história sobre isso.

A GRANDEZA

Em Londres, trabalhei com uma mulher que havia tido paralisia infantil.

Andava de cadeira de rodas e tinha um marido amável, que a ajudava.

Perguntei a ela: "Seus pais agradeceram pelo fato das coisas terem dado

certo para você?” Após ouvir sua resposta negativa, perguntei: "Você pode

agradecer agora?” E ela pôde fazê-lo.

Então a fiz imaginar que tivesse crescido como as outras meninas e, depois,

se ver crescida da forma como era na realidade. Depois perguntei a ela: "O

que é maior?" Ela começou a chorar. Não queria responder. Perguntei

novamente a ela: "Qual dos dois destinos é maior? O seu ou o outro?" Ela

disse: "O meu.” Havia aí uma outra força por trás.

Assim, todos aqueles que têm um destino especial devem ver que há uma

força especial por trás deles, desde que concordem com ele e façam algo a

partir dele.

É nesse sentido que trabalharei com as crianças aqui e tentarei encontrar

uma boa solução. Verei se consigo mobilizar forças que provêm dos

próprios pais, do próprio destino e da origem, para que, com essa força,

possam comandar a própria vida de forma que sintam: "a vida que tenho

está certa e é boa.”

A LIGAÇÃO

HELLINGER: Faço parte de uma família. Nossa família está ligada a algo

maior, a um grupo, e este é comandado por uma consciência coletiva. Essa

consciência não é consciente, é inconsciente. Essa consciência possui leis

rígidas. A primeira lei rígida nessa consciência é: ninguém que pertence a

ela pode ser excluído. Quando alguém é excluído, essa consciência obriga

alguém que vem depois a representar esse excluído. Ou seja, sob a

influência dessa consciência, o indivíduo não é livre.

QUEM PERTENCE À NOSSA FAMÍLIA?

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