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Bert Helinger - Olhando para a alma das crianças

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Outro exemplo: em um curso em Verona havia uma mulher que dizia ter

medo de que as suas duas crianças morressem. Coloquei-a, o marido e as

duas crianças. À sua frente, Coloquei a morte: um homem. Ele foi

imediatamente para o chão e se sentou. A morte não faz isso. Ficou claro

que esse homem representava uma criança. Então perguntei à mulher o que

havia acontecido na família de sua mãe. Ela disse que a mãe havia abortado

nove vezes e se vangloriava disso.

Colocamos as crianças abortadas e a mãe atrás. A mãe imediatamente

começou a chorar intensamente e sentou-se ao lado dos filhos abortados.

Estava claro: a morte que a mulher temia era a sua mãe. A partir daí

pudemos encontrar a solução para ela.

Os abortos provocados deixam uma marca profunda na alma, uma marca

muito profunda. Isso é frequentemente renegado, com os melhores motivos

possíveis. A alma não escuta esses bons motivos. Às vezes, dizemos que o

aborto é como um meio anticoncepcional, por exemplo, como acontece no

Japão. Isso é vivenciado pelas mulheres de lá da mesma forma que aqui.

Não há diferença. É vivenciado como uma intervenção profunda na alma.

Crianças abortadas pertencem à família e são vivenciadas assim. Quando

isso vem à tona e elas são acolhidas, o seu efeito é benéfico.

PERDOAR OU PERSEGUIR

EDUCADORA: Ainda tenho uma pergunta rápida sobre separação, no que diz

respeito a perdão ou perseguição judicial. Há uma mulher em meu trabalho

que foi enganada pelo marido após a separação e perdeu todo seu dinheiro

para ele. Ela não consegue ficar em paz, porque fica o tempo todo se

perguntando: devo processá-lo ou devo deixar isso quieto? Essa pergunta

não a deixa em paz. Não sei o que dizer a ela.

HELLINGER: Você deve aconselhá-la a dizer: "Eu sabia que você era um

mau-caráter e agora assumo as consequências." Aí ela ficará em paz.

EDUCADORA: Mas ela jura que não sabia.

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