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Ela também dá algo a ele e, porque o ama, dá a ele um pouco mais. Então
ele também se sente em dívida. Também dá algo a ela e, por amor, dá um
pouco mais.
Quer dizer, temos uma necessidade de compensação. Quando damos algo,
esperamos receber algo em troca. Isso é bom para as relações pessoais.
Entretanto, transferimos essa experiência para o destino e para Deus.
Achamos que, quando fazemos uma promessa ao destino, ele deve nos
ajudar. Nesse caso, a menina diz: "Eu morro em seu lugar." Ela espera que,
se morrer, o destino deixará o pai viver. Essa ideia é amplamente difundida,
principalmente dentre as crianças. Devemos saber disso. Ou seja, trata-se
da dinâmica: "Eu no seu lugar."
Existe ainda uma outra dinâmica, que também deve ser considerada, mas
falaremos dela depois. Quis dar uma explicação com base nessa
constelação.
PROFESSORES E PAIS
Primeiro gostaria de dizer algo geral. Também já fui professor e dirigi uma
grande escola na África do Sul. Por isso, sei o que se passa com os
professores, o que se passa com os alunos e o que se passa com aqueles que
têm de dirigir uma escola.
Um professor se acrescenta a outros. Antes dele, vieram os pais. Eles deram
a vida a seus filhos. Esse é o maior serviço que alguém pode prestar. O
professor apoia os pais. Quando vê os alunos, vê seus pais por trás deles.
Acolhe seus pais no coração, seja como eles forem, pois todos os pais são
perfeitos. Como pais, são perfeitos. Fizeram tudo certo ao passarem a vida
adiante. Não retiveram nada, assim como não puderam acrescentar nada.
Transmitiram o que receberam. Desse ponto de vista, só existem pais
perfeitos.
Alguns pais têm dificuldades para criar os filhos porque também vieram de
uma família na qual houve dificuldades. Mesmo assim, todo filho que deixa
a sua família e constitui sua própria família vem de uma família que fez