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a direção é para fora. Deve haver algo muito pesado em sua família. Se eu
considero tudo isso, posso entendê-lo e respeitá-lo. O garoto muda
imediatamente. Ok, é isso.
Aquele que não é mencionado, que é demonizado, deve sempre receber um
lugar. Assim que ele recebe um lugar, o sistema é curado como um todo,
porque ele recebeu um lugar. Um excluído é novamente acolhido. Aí, todos
os outros podem orientar-se de uma nova maneira.
EDUCADORA: O fato de ele ter ido embora e se sentido bem com isso não
pode significar que ele não é o pai?
HELLINGER: A reação do garoto mostra que ele é seu pai, senão não estaria
tão engajado. Geralmente, querer ir embora significa morte, pelo menos
uma ameaça de suicídio. Significa que ele quer desaparecer, seja qual for
o motivo.
Esse movimento surge quando alguém está numa situação aterrorizante, na
qual não pode fazer mais nada. Em sua alma, ele é o mais coitado.
EDUCADORA: Faria sentido ou seria exagerado apoiar o contato com o pai?
HELLINGER: Diga ao garoto apenas: "Eu respeito seu pai. Quando olho para
você, acho que você tem o pai certo." Algo assim bem indireto. Mas você
não precisa nem dizer isso. Quando vocês voltarem, você estará mudada.
AÇÃO SERENA
EDUCADOR: Não tenho uma pergunta direta, mas talvez você possa me dizer
algo a esse respeito. Em nosso papel como educadores, vimos aqui as
consequências que resultam, dependendo da intensidade com que
exercemos influência ou não. Tenho um sentimento recorrente e a
pretensão de ser uma espécie de juiz, que na verdade não quero ser.
Entretanto, existe uma tarefa, uma tarefa interna, que também possuo.
HELLINGER: Hoje ganhei um livro de presente de alguém: "Uma pequena
alma fala com Deus". Ela diz a Deus que deseja muito ser o perdão. Então,
o bom Deus pergunta: "Quem você deseja perdoar?"