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Bert Helinger - Olhando para a alma das crianças

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a direção é para fora. Deve haver algo muito pesado em sua família. Se eu

considero tudo isso, posso entendê-lo e respeitá-lo. O garoto muda

imediatamente. Ok, é isso.

Aquele que não é mencionado, que é demonizado, deve sempre receber um

lugar. Assim que ele recebe um lugar, o sistema é curado como um todo,

porque ele recebeu um lugar. Um excluído é novamente acolhido. Aí, todos

os outros podem orientar-se de uma nova maneira.

EDUCADORA: O fato de ele ter ido embora e se sentido bem com isso não

pode significar que ele não é o pai?

HELLINGER: A reação do garoto mostra que ele é seu pai, senão não estaria

tão engajado. Geralmente, querer ir embora significa morte, pelo menos

uma ameaça de suicídio. Significa que ele quer desaparecer, seja qual for

o motivo.

Esse movimento surge quando alguém está numa situação aterrorizante, na

qual não pode fazer mais nada. Em sua alma, ele é o mais coitado.

EDUCADORA: Faria sentido ou seria exagerado apoiar o contato com o pai?

HELLINGER: Diga ao garoto apenas: "Eu respeito seu pai. Quando olho para

você, acho que você tem o pai certo." Algo assim bem indireto. Mas você

não precisa nem dizer isso. Quando vocês voltarem, você estará mudada.

AÇÃO SERENA

EDUCADOR: Não tenho uma pergunta direta, mas talvez você possa me dizer

algo a esse respeito. Em nosso papel como educadores, vimos aqui as

consequências que resultam, dependendo da intensidade com que

exercemos influência ou não. Tenho um sentimento recorrente e a

pretensão de ser uma espécie de juiz, que na verdade não quero ser.

Entretanto, existe uma tarefa, uma tarefa interna, que também possuo.

HELLINGER: Hoje ganhei um livro de presente de alguém: "Uma pequena

alma fala com Deus". Ela diz a Deus que deseja muito ser o perdão. Então,

o bom Deus pergunta: "Quem você deseja perdoar?"

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