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Bert Helinger - Olhando para a alma das crianças

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HELLINGER: É uma dor grande, mas agora você prossegue fortalecida a

partir dela.

Para os representantes dos pais: Obrigado a vocês dois.

HELLINGER para o grupo: A informação que eu tinha era que ela foi

adotada e não conhece os pais.

Para Viola: Isso é verdade?

VIOLA: É sim.

O QUE DEVE SER CONSIDERADO EM RELAÇÃO À ADOÇÃO?

HELLINGER: Fui informado de que vários participantes aqui são de juizados

de menores. Talvez deva dizer algo sobre a adoção e a nossa forma de lidar

com a questão.

O primeiro quesito: Não, ter compaixão pelos pais. É o primeiro quesito.

Não ter compaixão pela pobre mãe, mesmo se ela tiver só 14 anos, mas sim

pela criança. É o primeiro quesito. Não inverter a situação de forma que os

grandes façam o papel de pequenos e que os pequenos, que não podem se

defender, tenham de suportar tudo. Então o ajudante se fortalece e tem a

ordem certa no coração.

O segundo quesito é: algumas pessoas imaginam que seja possível fazer

algum bem à criança posteriormente. Como se a criança pudesse retornar a

seus pais e estes as acolhessem. A criança tem essa esperança com

frequência. Os pais não irão fazê-lo.

Imaginem só: os pais entregaram a criança para adoção. Queriam se ver

livres dela, para sempre. Como reagirão se a criança for até eles? Com

culpa, naturalmente. Não há mais acesso. Isso não pode ser consertado.

Desfazer-se de uma criança não é algo que possa ser consertado.

Para a criança, o que importa é concordar como foi. Os pais se desfizeram

dela, para sempre. A adoção é como um aborto, podemos comparar os dois.

Por isso, a criança deve dizer: Sim, eu concordo e renuncio a vocês para

sempre. Isso é doloroso. Então a criança ganha força.

Para Viola: Mesmo assim, você obteve a vida deles. Devem ter sido belos

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