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Bert Helinger - Olhando para a alma das crianças

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A solução é possível quando reconhecemos o vínculo, os vínculos

anteriores como parte de nós. Isso vale principalmente para a primeira

relação sexual, ou seja, para o chamado incesto.

Estou cometendo uma gafe aqui e me expondo a muita hostilidade. Quando

constelo isso, fica claro que existe um amor profundo original. Aqui não

importa se a primeira relação foi violenta. A solução é reconhecer a

existência desse amor profundo. Nem sempre é uma ligação emocional,

mas uma ligação fundamental: a primeira na qual homem e mulher se

tornam um. A partir daí, permanecem por toda a vida vinculados entre si.

Quem combate ou demoniza isso aniquila o futuro da pessoa em questão,

cujos relacionamentos posteriores têm pouco ou nenhum futuro. Quando,

por outro lado, reconhecemos que isso também se tratou de uma realização

de vida que se apossou não só do espírito, mas também do corpo, eles ou

nós, podemos nos soltar dessa primeira relação, ao levá-la junto para uma

relação posterior. Ou seja, o conceito de casamento único é completamente

alheio à vida real. A realidade é diferente e a felicidade também.

NOSSOS VÍNCULOS ANTERIORES

Farei um exercício com vocês agora. Fechem os olhos.

Voltamos à nossa vida, à nossa primeira ligação sexual. Seja como tenha

sido, nós a tomamos em nosso coração, exatamente como foi. Sentimos

como ela continua a atuar em nosso corpo e em nossa alma.

Após a termos tomado dessa forma em nosso coração e em nosso corpo,

vamos para a próxima relação sexual, seja como tenha sido, e a tomamos

em nosso coração. Crescemos nela como homem ou mulher. Ela continua

atuando em nós. Tornamo-nos mais maduros através dela, mais homem e

mais mulher.

E vamos à próxima, à próxima e à próxima, até a nossa ligação atual como

homem e mulher.

O que muda quando o passado pode vir junto? Mas sem contar nada sobre

isso ao parceiro! Exceto aspectos públicos, ou seja, uma união pública

como homem e mulher, por exemplo, um casamento anterior. Mas,

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