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A solução é possível quando reconhecemos o vínculo, os vínculos
anteriores como parte de nós. Isso vale principalmente para a primeira
relação sexual, ou seja, para o chamado incesto.
Estou cometendo uma gafe aqui e me expondo a muita hostilidade. Quando
constelo isso, fica claro que existe um amor profundo original. Aqui não
importa se a primeira relação foi violenta. A solução é reconhecer a
existência desse amor profundo. Nem sempre é uma ligação emocional,
mas uma ligação fundamental: a primeira na qual homem e mulher se
tornam um. A partir daí, permanecem por toda a vida vinculados entre si.
Quem combate ou demoniza isso aniquila o futuro da pessoa em questão,
cujos relacionamentos posteriores têm pouco ou nenhum futuro. Quando,
por outro lado, reconhecemos que isso também se tratou de uma realização
de vida que se apossou não só do espírito, mas também do corpo, eles ou
nós, podemos nos soltar dessa primeira relação, ao levá-la junto para uma
relação posterior. Ou seja, o conceito de casamento único é completamente
alheio à vida real. A realidade é diferente e a felicidade também.
NOSSOS VÍNCULOS ANTERIORES
Farei um exercício com vocês agora. Fechem os olhos.
Voltamos à nossa vida, à nossa primeira ligação sexual. Seja como tenha
sido, nós a tomamos em nosso coração, exatamente como foi. Sentimos
como ela continua a atuar em nosso corpo e em nossa alma.
Após a termos tomado dessa forma em nosso coração e em nosso corpo,
vamos para a próxima relação sexual, seja como tenha sido, e a tomamos
em nosso coração. Crescemos nela como homem ou mulher. Ela continua
atuando em nós. Tornamo-nos mais maduros através dela, mais homem e
mais mulher.
E vamos à próxima, à próxima e à próxima, até a nossa ligação atual como
homem e mulher.
O que muda quando o passado pode vir junto? Mas sem contar nada sobre
isso ao parceiro! Exceto aspectos públicos, ou seja, uma união pública
como homem e mulher, por exemplo, um casamento anterior. Mas,