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pais e avós.
Ainda há outros que pertencem: todos aqueles de cujo dano obtivemos uma
vantagem. Já vi isso em famílias ricas, por exemplo, que atuaram em
atividades de exploração de petróleo ou construção de trens em que
funcionários perderam a vida. Sua riqueza baseia-se também na morte de
outrem. Portanto, eles pertencem. Isso se mostra quando, posteriormente,
o herdeiro de uma empresa assim deixa-a ir por água abaixo. Ele se
identifica com esses mortos. Em famílias que tiveram escravos, membros
de gerações futuras se comportam como escravos. Identificam-se com os
escravos e comportam-se como tal.
EXERCÍCIO: DISSONÂNCIA E RESSONÂNCIA
Agora farei um pequeno exercício com vocês. Fechem os olhos. Vão para
dentro de seus corpos e prestem atenção ao que dói em seus corpos.
Que órgão dói? Que músculo? Que osso? Esse órgão está em dissonância
com o corpo. Entretanto, assim mostra minha experiência, talvez ele esteja
olhando para uma pessoa na família que foi excluída. Esse órgão está em
ressonância com uma pessoa excluída. Através da dor, volta a atenção para
a pessoa excluída.
Então, vamos para dentro desse órgão e olhamos com ele para a pessoa
excluída. Dizemos a essa pessoa: “Agora vejo você. Agora amo você.
Agora acolho você em meu coração."
Quando a acolhemos assim no coração, a doença pode cessar. Nós nos
tornamos saudáveis acolhendo a pessoa excluída.
Vou um pouco mais adiante. Imaginem-se entrando em um grande
corredor, como em uma catedral. Lá existem estátuas de todos os
integrantes do seu sistema. Alguns estão na frente, alguns no fundo, no
escuro. Vamos até cada pessoa, cada estátua. De repente, a estátua fica viva
para nós. Olhamos nos olhos dessa pessoa, curvamo-nos diante dela e
dizemos: "Obrigado."
Vamos até as estátuas que estão mais no escuro. Esperamos até que se
tornem vivas. Então nos curvamos e dizemos: "Agora eu vejo você. Agora