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pessoas que já vieram antes delas. Nenhuma tentativa de assumir algo para
os pais é bem-sucedida. Ela está fadada ao fracasso, para todos. Devemos
saber disso. Por isso, conduzimos as crianças para fora dessa situação.
Primeiro olhamos para os pais e deixamos os pais resolverem o problema.
Aí as crianças ficam liberadas. Assim que os pais o resolvem para si, os
filhos ficam em paz e se sentem acolhidos.
Essas são as leis fundamentais que devemos ter em mente e compreender
internamente se quisermos ajudar crianças difíceis.
O DESTINO
Gostaria de dizer algo sobre a culpa nesse contexto. Não no sentido moral,
longe disso! Entretanto, muitas vezes nos sentimos culpados pelo fato de
alguém ter sido prejudicado por nossa causa. Também no caso de um aborto
provocado, os pais têm um sentimento de culpa. Ou uma mãe tem
sentimentos de culpa porque uma criança foi prejudicada devido a um parto
difícil.
Há duas formas de lidar com essa culpa. A primeira é o sentimento de
culpa. O sentimento de culpa significa que não olho para a pessoa perante
a qual me tornei culpado. No sentimento de culpa, olho para mim.
Arrependo-me de algo e penso que deveria ter agido diferente. Então tenho
sentimentos de culpa.
O sentimento de culpa é um substituto da ação. Quem se sente culpado não
faz nada. Permanece passivo. Outros agem em seu lugar: a criança, por
exemplo.
Existe uma boa forma de lidar com a culpa. Olhamos para o que aconteceu,
da forma que aconteceu, e dizemos: "Concordo com a maneira como foi.
Concordo com as consequências, com todas as consequências que venham
a resultar disso.” Nesse momento, deixamos de ter sentimentos de culpa.
Obtemos a força para fazer algo, a força para fazer algo de bom. Através
dessa atitude, a culpa é anulada de uma boa maneira.
Quando nos sentimos culpados, ainda há algo para refletir. Há uma
arrogância por trás disso. Acreditamos ter sido livres para fazer algo de