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Bert Helinger - Olhando para a alma das crianças

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pessoas que já vieram antes delas. Nenhuma tentativa de assumir algo para

os pais é bem-sucedida. Ela está fadada ao fracasso, para todos. Devemos

saber disso. Por isso, conduzimos as crianças para fora dessa situação.

Primeiro olhamos para os pais e deixamos os pais resolverem o problema.

Aí as crianças ficam liberadas. Assim que os pais o resolvem para si, os

filhos ficam em paz e se sentem acolhidos.

Essas são as leis fundamentais que devemos ter em mente e compreender

internamente se quisermos ajudar crianças difíceis.

O DESTINO

Gostaria de dizer algo sobre a culpa nesse contexto. Não no sentido moral,

longe disso! Entretanto, muitas vezes nos sentimos culpados pelo fato de

alguém ter sido prejudicado por nossa causa. Também no caso de um aborto

provocado, os pais têm um sentimento de culpa. Ou uma mãe tem

sentimentos de culpa porque uma criança foi prejudicada devido a um parto

difícil.

Há duas formas de lidar com essa culpa. A primeira é o sentimento de

culpa. O sentimento de culpa significa que não olho para a pessoa perante

a qual me tornei culpado. No sentimento de culpa, olho para mim.

Arrependo-me de algo e penso que deveria ter agido diferente. Então tenho

sentimentos de culpa.

O sentimento de culpa é um substituto da ação. Quem se sente culpado não

faz nada. Permanece passivo. Outros agem em seu lugar: a criança, por

exemplo.

Existe uma boa forma de lidar com a culpa. Olhamos para o que aconteceu,

da forma que aconteceu, e dizemos: "Concordo com a maneira como foi.

Concordo com as consequências, com todas as consequências que venham

a resultar disso.” Nesse momento, deixamos de ter sentimentos de culpa.

Obtemos a força para fazer algo, a força para fazer algo de bom. Através

dessa atitude, a culpa é anulada de uma boa maneira.

Quando nos sentimos culpados, ainda há algo para refletir. Há uma

arrogância por trás disso. Acreditamos ter sido livres para fazer algo de

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