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EDUCADORA: Ele vive há dez anos conosco, no orfanato. Foi ele quem
escolheu o orfanato. Ele quis ir para lá. Até agora, tem feito tudo: escola e
profissão. Mas não tem alegria de viver. É muito depressivo. Às vezes,
tenho a sensação de que essas questões mal resolvidas o sufocam.
HELLINGER: Por que o pai nunca fez nada a respeito?
EDUCADORA: Não sabemos.
HELLINGER: Foi feito contato com ele?
EDUCADORA: Por parte dos avós sim, mas eles controlavam isso um pouco,
para proteger o menino queimado.
HELLINGER: Ele deve ir para o pai. Desde o começo devia ter ido para o pai
e para mais ninguém. Ok, isso seria o primeiro caso.
MENINO QUEIMADO: CONTINUAÇÃO
HELLINGER após um longo intervalo: Agora vou continuar trabalhando com
o caso da criança queimada. Vamos constelar a criança, a mãe, o pai e os
avós. Vou escolhê-los e você os posicionará.
A mãe fica em frente ao menino. Seus pais ficam atrás dela. O pai do
menino fica separado. O menino coloca uma mão em frente à barriga,
depois ambas as mãos em frente à boca e em frente ao pescoço. A mãe está
com ambas as mãos em frente ao peito. Sua mãe e seu pai estão com os
punhos fechados, principalmente o pai. Após um instante, Hellinger vira a
mãe para seus pais. Nesse meio tempo, o pai do menino vai até ele. Os dois
se abraçam afetuosamente.
HELLINGER: Acho que isso é o suficiente. Há uma energia assassina aí
assumida pelo pai da mãe. Algo deve ter acontecido. Olhe para os punhos
dele. O menino deve ir para o pai. Ele não pode ir para sua mãe, pois a
energia assassina é muito forte lá.
HELLINGER para o pai da mãe do menino: O que há com você?
PAI DA MÃE DO MENINO: Uma fúria incrível. É inexplicável. E um arrepio
gelado.
HELLINGER: Algo aconteceu aí. É aí que está. Ok? Certo, obrigado.