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Bert Helinger - Olhando para a alma das crianças

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da mãe, algo de ruim.

HELLINGER: Temos que deixar isso descansar agora. Talvez a benevolência

traga algum entendimento na alma, com o qual vocês possam encontrar

outro caminho.

AGRESSORES E VÍTIMAS

EDUCADORA: Você poderia dizer algo geral sobre como lidar com

agressores e vítimas? Segundo o que tem ocorrido aqui, bom e mau

evidentemente não são como parece ser. Pode dizer mais alguma coisa

nesse contexto?

HELLINGER: NO que diz respeito a bom e mau, geralmente é o contrário do

que se apresenta. Nessa família aqui pudemos ver: a força negativa estava

na mãe, na mãe da mãe.

EDUCADORA: Minha pergunta é voltada para o fato de termos sempre que

lidar com o agressor ou que nos envolver com os agressores. Os agressores

são sempre rejeitados, os que cometem abusos são sempre rejeitados. Isso

parece estar completamente errado. Tem de haver outros caminhos, pois,

dessa maneira, não chegamos a objetivo algum.

HELLINGER: SÓ podemos lidar com um agressor se dermos a ele um lugar

em nosso coração. Então ele amolece, não antes. Qualquer intervenção o

endurece. Devemos ter muito cuidado. Vou dar um exemplo:

Há muitos anos, realizei um curso na Suíça. Um assistente social me disse

haver uma menina que havia sido abusada pelo avô e pelo tio. Ele queria

denunciá-los. Disse a ele para não fazer isso. É ruim para a criança quando

os agressores são denunciados.

Encontrei-me com ele alguns anos mais tarde e ele disse que os dois haviam

sido condenados. Perguntei a ele como estava a menina. Ele disse que ela

tentava pular da janela constantemente.

Ele causou isso com a denúncia. As vítimas são leais. Na verdade, são

proibidas de demonstrar isso. Vimos isso aqui. A pressão geral diz que se

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