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Revista dos Pneus 70

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José Pérez Lucena<br />

“Não há segredo, apenas trabalho!”<br />

Quem o diz é Juan Ramón Pérez<br />

Vázquez, diretor geral do Grupo<br />

Soledad, que assume que o<br />

crescimento acontece fruto do cumprimento<br />

de um plano estratégico para alcançar<br />

novos posicionamentos na empresa. “Não<br />

há segredo, apenas trabalho. A guerra<br />

e a pandemia mudaram a nossa forma<br />

de entender o negócio e fazem com que<br />

pensemos mês a mês na melhor estratégia<br />

a seguir. É nos momentos difíceis que temos<br />

de nos esforçar, pois são alturas importantes<br />

para crescer”. Assim, está prevista a abertura<br />

de mais oficinas em pontos estratégicos,<br />

com um foco mais orientado para a área<br />

industrial e para os pesa<strong>dos</strong>, “um passo de<br />

gigante”, afirma. Em consonância, o lema da<br />

última convenção foi «Crescemos», “porque<br />

queremos continuar a crescer como empresa<br />

e no mercado, mas também em qualidade<br />

e na relação com os nossos clientes”.<br />

Presente em Portugal há cerca de 25 anos, o Grupo<br />

Soledad tem agora para terra lusas, segundo Juan<br />

Ramón Pérez, “um plano de relançamento, com<br />

programas de melhoria de gestão de negócio,<br />

para que as oficinas da rede deem um passo em<br />

frente na modernização, na digitalização e na<br />

relação com o cliente”. Defende que o futuro é<br />

“aumentar os serviços nas oficinas Confortauto”,<br />

uma vez que acredita que “o pneu é só mais<br />

um artigo dentro da variedade de produtos e<br />

de serviços que uma oficina tem que oferecer.<br />

A mobilidade é diferente e as oficinas têm que<br />

se adaptar”.<br />

Os próximos desafios, serão aumentar a<br />

capacidade de armazenagem em Portugal.<br />

Queremos estreitar os laços com os nossos<br />

clientes, para lhes oferecer um melhor serviço.<br />

Estamos sempre com vontade de fazer coisas,<br />

este vai ser um ano muito bom”, augura.<br />

tudo o que possam precisar. Procuramos<br />

que as oficinas perdurem no tempo e que<br />

tenham negócios sustentáveis a longo<br />

prazo”. Questionado sobre o peso que as<br />

vendas online significam na faturação atual<br />

do grupo, Pérez Lucena afirma que “por<br />

algumas razões que ninguém entende,<br />

na Península Ibérica tem muito pouco<br />

peso. Talvez as páginas online sirvam para<br />

que o usuário procure o que quer, mas<br />

felizmente vai sempre a uma oficina para<br />

que o profissional o aconselhe. Isso faz com<br />

que se possa trabalhar na oficina e que a<br />

venda online não vá substituir as oficinas,<br />

pelo menos a curto prazo”, acredita.<br />

O DISTRIBUIDOR<br />

COMO PROTAGONISTA DO MERCADO<br />

Perante a complexidade cada vez mais patente<br />

no mercado de pneus na Península<br />

Ibérica, José Pérez Lucena salienta a dificuldade<br />

com que as oficinas se deparam<br />

para ter stock para to<strong>dos</strong> os veículos que<br />

surgem. “O utilizador tem mais pressa e, por<br />

isso, creio que o distribuidor geral de pneus<br />

tem um papel de protagonista, porque é<br />

ele que tem de atender mais rapidamente<br />

à procura tão flutuante que os clientes têm.<br />

Há muitas marcas e isso faz com que as<br />

coisas se compliquem muito, pois torna-se<br />

necessário explicar muito bem os pneus<br />

e nem to<strong>dos</strong> são iguais”, refere. O nosso<br />

entrevistado dá-nos conta de que estamos<br />

“num processo de alteração, porque<br />

o grosso do mercado ainda é de jante mais<br />

pequena, mas cada vez mais os fabricantes<br />

apostam nos segmentos maiores. Isto vai<br />

exigir pneus mais específicos e talvez mais<br />

premium ou quality e menos budget”. Por<br />

outro lado, o facto de ultimamente não se<br />

venderem tantos carros novos, fez com que<br />

os velhos continuem na estrada e “custa<br />

muito mudar o tipo de jantes”.<br />

FOCO NO CRESCIMENTO<br />

Com o foco bem definido no crescimento, a<br />

mais recente Convenção do Grupo Soledad<br />

decorreu sob o lema «Crescemos», “porque<br />

2022 foi espetacular, mas em 2023 queremos<br />

crescer em vendas, em faturação, em<br />

clientes, em canais, em tudo. Estou muito<br />

satisfeito com a reação da força de vendas,<br />

porque é um objetivo partilhado por toda<br />

a estrutura e toda a gente acredita que é<br />

alcançável. Saímos to<strong>dos</strong> muito motiva<strong>dos</strong><br />

da reunião”. O encontro, que se realizou após<br />

uma paragem de dois anos devido à pandemia,<br />

contou com a presença de mais de 120<br />

comerciais de Espanha, Portugal e Marrocos.<br />

Foram transmitidas as linhas estratégicas<br />

para o ano, que passam por “continuar a<br />

fortalecer a nossa presença no mercado,<br />

mais próximos do utilizador. Na parte da<br />

distribuição queremos crescer, estamos a<br />

fortalecer a capacidade de distribuição com<br />

novos e maiores armazéns. Atualmente temos<br />

78 oficinas e temos o objetivo de ter<br />

100 oficinas próprias a curto prazo. Estamos<br />

foca<strong>dos</strong> em prestar serviços a veículos industriais,<br />

camiões, tanto para pneus como para<br />

o frio, carroçarias… e temos a possibilidade<br />

de os atender na oficina ou, com uma rede<br />

de oficinas móveis, que podem ir à base da<br />

frota e oferecem assistência na estrada 24h<br />

em toda a Europa”, conclui. u<br />

Em Portugal há mais de vinte anos através da Tirso <strong>Pneus</strong>,<br />

o Grupo Soledad aspira a um crescimento ainda maior<br />

nos próximos tempos. Estreitar os laços com os clientes,<br />

vai ser a aposta para este ano<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 41

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