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Quereis ver Jesus? Contemplai-O na cruz! - Diocese de Leiria Fátima

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. entrevistas .<br />

gunta porquê, não resmunga, não faz birra, ape<strong>na</strong>s reza.<br />

Outro aspecto é o sentido da pureza. Ser puro é <strong>ver</strong> as coisas como Deus<br />

as vê, <strong>ver</strong> as pessoas e os acontecimentos como Deus os vê, com o olhar <strong>de</strong><br />

Deus. O Francisco <strong>de</strong>senvolveu muito este sentido da pureza, por exemplo,<br />

<strong>na</strong> forma como aconselhava a prima a não andar com certo grupo <strong>de</strong> colegas,<br />

para não apren<strong>de</strong>r a dizer palavras feias, pois “<strong>Jesus</strong> fica triste”. As nossas<br />

crianças têm muito a apren<strong>de</strong>r com ele, por exemplo, no uso da internet, que<br />

é uma coisa maravilhosa mas com alguns perigos, on<strong>de</strong> tantas imagens, <strong>de</strong>formando<br />

o nosso olhar, po<strong>de</strong>m levar-nos a <strong>ver</strong> a vida com malícia.<br />

Outra característica fundamental do Francisco é a humilda<strong>de</strong>. Nas aparições,<br />

a Lúcia via, ouvia e falava, a Jacinta via e ouvia, e o Francisco só via.<br />

Ele nunca se queixou, nunca se sentiu diminuído, nunca disse “coitadinho <strong>de</strong><br />

mim, porque só vejo”, assumiu o que era, assumiu os seus limites. No nosso<br />

tempo <strong>de</strong> competitivida<strong>de</strong>, em que cada criança tem que ser melhor que a<br />

outra, mais inteligente, mais bonita, mais rica, mais po<strong>de</strong>rosa, sem direito a<br />

medos ou fraquezas… o Francisco, com o seu jeito humil<strong>de</strong>, ensi<strong>na</strong> muito às<br />

crianças <strong>de</strong> hoje.<br />

Sendo uma criança absolutamente normal, o Francisco transformou-se<br />

numa criança especial que todas as crianças normais, <strong>de</strong>ste tempo, po<strong>de</strong>m<br />

perfeitamente imitar.<br />

Dadas essas características, o Francisco po<strong>de</strong> também inspirar os adultos?<br />

Muito. Era criança mas tinha uma infância madura. Com a vivência da<br />

mensagem <strong>de</strong> <strong>Fátima</strong>, não <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> ser criança. Apreciava a companhia da<br />

prima e da irmã, gostava do carinho do pai e da mãe.<br />

Com o Francisco, os adultos po<strong>de</strong>m, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> logo, apren<strong>de</strong>r a prudência e a<br />

sensibilida<strong>de</strong> que ele <strong>de</strong>monstra. Recordo o conselho à Lúcia para não voltar<br />

da escola com certos amigos, ir um “bocadinho para o pé <strong>de</strong> <strong>Jesus</strong> escondido<br />

e <strong>de</strong>pois vir sozinha para casa”. Quantos pais, <strong>na</strong> educação dos filhos, po<strong>de</strong>m<br />

apren<strong>de</strong>r com esta prudência do Francisco!<br />

Há outras características inspiradoras para os adultos: a sua luci<strong>de</strong>z, a sua<br />

consciência recta, o seu amor à <strong>ver</strong>da<strong>de</strong>, que o seu pai, “Ti Marto”, frequentemente<br />

confirmava. A rectidão da consciência é importantíssima, num mundo<br />

que relativiza a <strong>ver</strong>da<strong>de</strong> e tudo.<br />

No pequeno Francisco salientava-se o sentido <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> e a insistência<br />

<strong>na</strong> fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong> aos compromissos. Tinha-lhe sido confiada, <strong>de</strong> forma<br />

especial, a missão <strong>de</strong> rezar muitos terços, num apelo à sua dimensão con-<br />

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Vida Eclesial

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