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Quereis ver Jesus? Contemplai-O na cruz! - Diocese de Leiria Fátima

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Por que D. Nuno escolheu os Carmelitas?<br />

Por Manuel Maria Wermers, Escapulário do Carmo<br />

. teologia / pastoral.<br />

Durante mais <strong>de</strong> um século, o convento <strong>de</strong> Moura continuou a ser o único<br />

que os Carmelitas possuíam em terras lusita<strong>na</strong>s, até à intervenção do imortal<br />

Con<strong>de</strong>stável D. Nuno Álvares Pereira, o instrumento por Deus escolhido para<br />

dar nova vida a Portugal e ao Carmo português.<br />

As glórias e gran<strong>de</strong>zas conquistadas nos campos <strong>de</strong> Aljubarrota e Val<strong>ver</strong><strong>de</strong>,<br />

realizando a libertação da sua Pátria estremecida, Nuno as <strong>de</strong>pôs humil<strong>de</strong>mente<br />

aos pés da Virgem, orando pelo <strong>de</strong>sapego a libertação da sua própria<br />

alma. Num poema <strong>de</strong> pedra e granito externou a sua gratidão para com Nossa<br />

Senhora, construindo em sua honra uma magnífica igreja gótica e um mosteiro<br />

para os religiosos que seriam chamados para o culto divino. A igreja <strong>de</strong>via<br />

ser a mais bela e espaçosa <strong>de</strong> toda a Corte. E Nuno conseguiu realizar o seu<br />

piedoso sonho.<br />

A primeira pedra foi lançada em 1389, no mês <strong>de</strong> Julho, e alguns anos<br />

mais tar<strong>de</strong> as obras estavam tão adiantadas que o Con<strong>de</strong>stável podia revelar<br />

a segunda parte do seu grandioso projecto: a escolha dos religiosos que haviam<br />

<strong>de</strong> cantar os louvores da Virgem Maria em tão monumental igreja: os<br />

Carmelitas <strong>de</strong> Moura.<br />

Nos meados do último <strong>de</strong>cénio do século XIV, dirige uma carta, “encantadora<br />

<strong>de</strong> forma, <strong>de</strong> estilo e <strong>de</strong> espírito português”, ao Vigário Geral Dr. Frei<br />

Afonso <strong>de</strong> Alfama, então Prior <strong>de</strong> Moura, comunicando-lhe a sua resolução<br />

<strong>de</strong> i<strong>na</strong>ugurar a igreja e o mosteiro e, referindo-se a entendimentos anteriores,<br />

pe<strong>de</strong> que sejam agora enviados os fra<strong>de</strong>s que haviam <strong>de</strong> morar no novo convento.<br />

Eis o teor da carta, transmitida por Pereira e <strong>na</strong> nossa acomodação:<br />

“Ao mui honrado Frei Afonso <strong>de</strong> Alfama, Vigário Geral do Mosteiro <strong>de</strong><br />

Santa Maria <strong>de</strong> Moura; Salvé Deus!<br />

Antes <strong>de</strong> tudo beijo o vosso santo escapulário, dom extremado da Mãe <strong>de</strong><br />

Deus, que o trouxe do Céu, para a <strong>de</strong>fesa dos seus fra<strong>de</strong>s, pela muita afeição<br />

que lhes <strong>de</strong>via <strong>de</strong>s<strong>de</strong> sua vida; e <strong>de</strong>s<strong>de</strong> então aprouve-lhe que não fosseis<br />

mais ofendidos pelos maus <strong>na</strong>s terras on<strong>de</strong> estáveis. Tudo isto merecestes<br />

pela vossa vida exemplar que agrada à bendita Mãe do Carmo. Sabei que<br />

por ora vos rogo e peço aquilo <strong>de</strong> que vos já falei e que é <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> serviço<br />

para Deus e sua santa Mãe, que me fizeram gran<strong>de</strong>s graças e favores. E por<br />

tudo que recebi estou fazendo este mosteiro para Maria Santíssima, o qual,<br />

graças a Deus, vai bem adiantado, com os bens que o mesmo Senhor me <strong>de</strong>u.<br />

| 47 • LEIRIA-FÁTIMA | 165<br />

Reflexões

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