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Quereis ver Jesus? Contemplai-O na cruz! - Diocese de Leiria Fátima

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. teologia / pastoral .<br />

S. Paulo surge <strong>na</strong> primitiva Igreja como figura singular <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> beleza espiritual:<br />

<strong>ver</strong>da<strong>de</strong>iro apaixo<strong>na</strong>do por Cristo, ousado profeta das gentes, ardoroso<br />

apóstolo do Evangelho, <strong>de</strong>stemido soldado, pioneiro da carida<strong>de</strong>. Esta mesma herança,<br />

este mesmo <strong>de</strong>safio nos é lançado a nós, cristãos do 3º milénio, pela santa<br />

Igreja, nossa Mãe, sempre solícita pelo bem dos seus filhos. Por isso antes <strong>de</strong><br />

termi<strong>na</strong>r o Ano Paulino abriu-nos as portas para um outro gran<strong>de</strong> acontecimento:<br />

o Ano da Graça, inteiramente <strong>de</strong>dicado aos Sacerdotes. Dois acontecimentos, duas<br />

realida<strong>de</strong>s tão intimamente unidas <strong>na</strong> mesma origem, origem que tem um rosto,<br />

um nome, uma presença viva e vivificadora, <strong>Jesus</strong> Cristo!<br />

Apesar <strong>de</strong> tantos “contra” <strong>na</strong> socieda<strong>de</strong> em que rei<strong>na</strong> o individualismo, o consumismo,<br />

o niilismo, o ateísmo, o hedonismo e tantos outros “ismos”, que teimam<br />

ocultar o rosto <strong>de</strong> Deus e asfixiar a sua presença no coração e <strong>na</strong>s consciências, o<br />

mesmo Deus, que escreve sempre direito <strong>na</strong>s curvas dos caminhos dos homens,<br />

tem sempre a última palavra como Senhor da história. E Ele, mais uma vez, aí está<br />

como eter<strong>na</strong> novida<strong>de</strong> a convidar os fiéis e também a nós, Irmãs <strong>de</strong> vida claustral,<br />

a re<strong>de</strong>scobrir o valor inestimável do Sacerdote e o dom inefável da sua vocação.<br />

Em cada sacerdote vive um Paulo <strong>de</strong> Tarso que, dia após dia, vai dando a<br />

vida pela causa do Evangelho no meio do povo <strong>de</strong> Deus. Como “grão <strong>de</strong> trigo<br />

que cai à terra e morre” o Sacerdote vai produzindo frutos <strong>de</strong> vida eter<strong>na</strong>.<br />

O gran<strong>de</strong> Apóstolo não só quis oferecer a sua vida por Cristo e ser um<br />

exemplo vivo para todos os Sacerdotes mas também quis dirigir-lhes 12 cartas,<br />

cartas que, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> há 2000 anos, vêm forjando plêia<strong>de</strong>s <strong>de</strong> santos. Cartas que há<br />

2000 anos tinham um <strong>de</strong>sti<strong>na</strong>tário colectivo mas hoje, e neste ano em especial,<br />

são dirigidas a uma pessoa singular com um rosto e um nome: o Sacerdote. De<br />

gran<strong>de</strong> beleza e profundida<strong>de</strong> espiritual são estas palavras que, afi<strong>na</strong>l, se vão<br />

repetindo <strong>na</strong>s di<strong>ver</strong>sas cartas e epístolas: “Paulo, por vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> Deus (…) a<br />

todos os Sacerdotes da Igreja <strong>de</strong> <strong>Jesus</strong> Cristo espalhada por todo o mundo, a<br />

vós graça e paz. Bendito seja Deus que do alto dos Céus vos abençoou com<br />

toda a espécie <strong>de</strong> bênçãos espirituais em Cristo. Foi assim que Ele vos escolheu<br />

antes da criação do mundo para ser<strong>de</strong>s irrepreensíveis e imaculados diante dos<br />

seus olhos” (Ef.1,1-4). E assim po<strong>de</strong>rá ser lida e meditada esta exortação <strong>de</strong><br />

forma muito pessoal. Nesta perspectiva S. Paulo continua a ser para todos um<br />

caminho-luz, caminho <strong>de</strong> vida. Paulo não morreu, continua vivo, ardoroso e<br />

ousado em cada Sacerdote que vive com fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong> e amor a sua vocação.<br />

Ano Paulino e Ano Sacerdotal, dois acontecimentos <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> riqueza<br />

para toda a Igreja e forte <strong>de</strong>safio para nós Irmãs <strong>de</strong> vida contemplativa a continuarmos<br />

a ser no silêncio do Mosteiro uma presença orante, um apoio ao<br />

Sacerdote em favor <strong>de</strong> cada cristão, no Coração da Igreja nossa Mãe.<br />

178 | LEIRIA-FÁTIMA • 47 |

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