Quereis ver Jesus? Contemplai-O na cruz! - Diocese de Leiria Fátima
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. entrevistas .<br />
templativa. Nunca abriu mão daquilo a que se tinha comprometido. Num<br />
socieda<strong>de</strong> light, em que as pessoas se comprometem tão pouco, ao nível da<br />
profissão, do trabalho, das relações familiares, o Francisco po<strong>de</strong> ajudar muito<br />
no sentido da responsabilida<strong>de</strong> e do compromisso.<br />
Normalmente, associa-se ao Francisco a imagem do contemplativo. Pelo<br />
que diz, ele po<strong>de</strong>rá ser mo<strong>de</strong>lo não ape<strong>na</strong>s para pessoas com o gosto da<br />
contemplação. Sê-lo-á também para quem tem uma vocação mais “activa”<br />
<strong>na</strong> Igreja e no mundo…<br />
Claro que sim. Como diz a Sacrossantum Concilium, a Igreja é simultaneamente<br />
missionária e contemplativa. Tem as duas dimensões, como cada<br />
um <strong>de</strong> nós, a activa e a contemplativa. Mas a contemplação é, <strong>de</strong> facto, o fim<br />
da nossa vida, a união com Deus. O Francisco, vivendo esta dimensão contemplativa<br />
<strong>de</strong> uma forma especial, é um alerta para nós e lembra que isto da<br />
contemplação e da dimensão espiritual da vida é para todos. É um apelo a não<br />
esquecermos esta dimensão <strong>de</strong> união com Deus, do fim da nossa vida para o<br />
qual existimos, que é o estar com Cristo.<br />
Em relação à mensagem <strong>de</strong> <strong>Fátima</strong>, qual o conteúdo que o Francisco<br />
encarnou mais intensamente?<br />
Antes <strong>de</strong> mais, o Francisco era um apaixo<strong>na</strong>do pela beleza. Ele tem uma<br />
frase muito interessante a este propósito: “Gostei muito <strong>de</strong> <strong>ver</strong> o Anjo, mas<br />
gostei ainda mais <strong>de</strong> Nossa Senhora. Do que gostei mais foi <strong>de</strong> <strong>ver</strong> a Nosso<br />
Senhor <strong>na</strong>quela luz que Nossa Senhora nos meteu no peito”. O Francisco<br />
consegue perceber esta gradação: o Anjo é bonito, Nossa Senhora é mais,<br />
mas mesmo mais bonito é Nosso Senhor.<br />
Depois, vive uma espiritualida<strong>de</strong> reparadora: manifesta uma vonta<strong>de</strong> intensa<br />
<strong>de</strong> consolar a Deus, o “<strong>Jesus</strong> Escondido”. Tem um gran<strong>de</strong> sentido <strong>de</strong><br />
compaixão. Como viveu tudo isto? Pela adoração eucarística. Passava horas<br />
diante <strong>de</strong> “<strong>Jesus</strong> Escondido”. Nunca saberemos a que grau <strong>de</strong> intimida<strong>de</strong> com<br />
<strong>Jesus</strong> o Francisco ace<strong>de</strong>u. Há o caso <strong>de</strong> uma senhora que pe<strong>de</strong> uma graça<br />
para um filho acusado <strong>de</strong> um crime falso. O Francisco vai rezar e no fim diz<br />
à Lúcia: “Diz à tua Teresa que daqui a poucos dias ele vem para casa”. Como<br />
é que uma criança passa uma manhã com <strong>Jesus</strong> escondido e tem a certeza<br />
absoluta <strong>de</strong> conseguir uma graça?<br />
Também não po<strong>de</strong>mos esquecer o seu amor ao Rosário. Nossa Senhora<br />
disse-lhe que tinha <strong>de</strong> rezar muitos terços, e ele diz: “Ó minha Nossa Senhora,<br />
terços rezo tantos quantos tu quiseres”.<br />
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