11.04.2013 Views

Quereis ver Jesus? Contemplai-O na cruz! - Diocese de Leiria Fátima

Quereis ver Jesus? Contemplai-O na cruz! - Diocese de Leiria Fátima

Quereis ver Jesus? Contemplai-O na cruz! - Diocese de Leiria Fátima

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

. entrevistas .<br />

Em que medida a experiência e o testemunho do Francisco Marto po<strong>de</strong>m<br />

ser estímulo para a fé cristã?<br />

O que é pedido aos Pastorinhos insere-os <strong>na</strong> tradição e vida da Igreja. A<br />

sua experiência mostra que até uma criança, num curto espaço <strong>de</strong> tempo, dois<br />

ou três anos, consegue vi<strong>ver</strong> <strong>de</strong> modo intenso e profundo o mistério da Eucaristia.<br />

No caso do Francisco, é especialmente visível o amor aos pecadores,<br />

com os quais se sentia solidário e unido oferecendo sacrifícios por eles.<br />

É para nós um estímulo. Se uma criança o fez, também eu o posso fazer.<br />

São coisas simples e conhecidas. Se fosse algo <strong>de</strong> extraordinário po<strong>de</strong>ria<br />

<strong>de</strong>sculpar-me dizendo “não sou capaz, não é para mim”.<br />

Como médica e trabalhando com pessoas que sofrem, acha que o modo<br />

como o Francisco encarou a doença e a dor também é mo<strong>de</strong>lo para nós?<br />

O que me chama a atenção nos doentes é a forma como cada um vive a<br />

sua doença. A atitu<strong>de</strong> do Francisco não é tanto o “porquê a mim?”, mas o<br />

“para quê?”, o “que posso fazer, com esta circunstância?”<br />

O Francisco conseguiu encontrar um sentido que enchia <strong>de</strong> alegria a sua<br />

doença. Vivia para consolar a Deus e Nossa Senhora, para con<strong>ver</strong>ter os pecadores.<br />

Desta forma, fez da fase fi<strong>na</strong>l da sua vida um dom, incluindo a sua<br />

doença. Encarando a doença <strong>de</strong> um modo ajustado, sofrendo com paciência<br />

e “resig<strong>na</strong>ção activa”, não como “coitadinho <strong>de</strong> mim”, integrou a doença <strong>na</strong><br />

sua vida, com todo o seu carácter e as suas capacida<strong>de</strong>s. Há quem sofra <strong>de</strong><br />

forma zangada e revoltada, e há quem sofra <strong>de</strong> forma paciente, sem se <strong>de</strong>ixar<br />

domi<strong>na</strong>r e escravizar pela doença, assumindo-a com <strong>de</strong>cisão, vivendo-a<br />

como um acontecimento da vida.<br />

Essa maturida<strong>de</strong> e até austerida<strong>de</strong> do Francisco são normais numa<br />

criança? Hoje não será visto como sintoma <strong>de</strong> patologia?<br />

Não! Há crianças que sofrem com muito amor, com muito sentido <strong>de</strong><br />

entrega. Não serão comparáveis ao sentido do Francisco, que teve uma experiência<br />

única. Mas também ele cumpriu tudo o que havia a cumprir, não<br />

fazendo <strong>na</strong>da <strong>de</strong> extraordinário mesmo durante a doença.<br />

Quais as suas expectativas para este Congresso?<br />

Estou muito entusiasmada e muito expectante. Será uma excelente oportunida<strong>de</strong><br />

para reflectirmos sobre a perso<strong>na</strong>lida<strong>de</strong> huma<strong>na</strong> do Francisco, sobre<br />

a transformação que a vivência da mensagem <strong>de</strong> <strong>Fátima</strong> operou nele como<br />

| 47 • LEIRIA-FÁTIMA | 143<br />

Vida Eclesial

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!