Quereis ver Jesus? Contemplai-O na cruz! - Diocese de Leiria Fátima
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. escritos episcopais .<br />
actores institucio<strong>na</strong>is e a uma correcta lógica participativa capaz <strong>de</strong> valorizar<br />
a socieda<strong>de</strong> civil, local e inter<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l” (n.12)<br />
Trata-se <strong>de</strong> uma passagem relevante, porque vem revalorizar o papel da<br />
socieda<strong>de</strong> civil, com a sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> iniciativa gratuita e criadora <strong>de</strong><br />
solidarieda<strong>de</strong>s que com a sua proximida<strong>de</strong> chega on<strong>de</strong> e como o Estado não<br />
é capaz.<br />
A luta contra a pobreza, num contexto <strong>de</strong> globalização, requer um <strong>ver</strong>da<strong>de</strong>iro<br />
envolvimento das pessoas. Os problemas do <strong>de</strong>senvolvimento, das<br />
ajudas e da cooperação inter<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l são muitas vezes resolvidos como meras<br />
questões técnicas <strong>de</strong> predisposição <strong>de</strong> estruturas, <strong>de</strong> acordos tarifários, <strong>de</strong><br />
disposição <strong>de</strong> fi<strong>na</strong>nciamentos anónimos. Ora a luta contra a pobreza tem necessida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> homens e mulheres que vivam profundamente a fraternida<strong>de</strong> e<br />
sejam capazes <strong>de</strong> acompanhar pessoas, famílias e comunida<strong>de</strong>s em percursos<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento humano.<br />
3) Promo<strong>ver</strong> a cultura da legalida<strong>de</strong><br />
Aquilo que a globalização tornou evi<strong>de</strong>nte, através da actual crise fi<strong>na</strong>nceira,<br />
é que um mercado sem regras é um mercado sem alma que tornou mais<br />
miserável a condição dos pobres no mundo. Um mercado go<strong>ver</strong><strong>na</strong>do só pela<br />
avi<strong>de</strong>z do lucro imediato, a qualquer preço, por parte dos mais fortes, está<br />
inevitavelmente <strong>de</strong>sti<strong>na</strong>do a corromper as nossas almas. É preciso ter em<br />
conta as razões da solidarieda<strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro do processo económico. Para isso, o<br />
Papa aponta, mais uma vez, a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um “código ético fundamental”<br />
a fim <strong>de</strong> conter a <strong>de</strong>generação <strong>de</strong> comportamentos <strong>de</strong>vida aos mecanismos do<br />
mercado, tais como a corrupção, a especulação, a crimi<strong>na</strong>lida<strong>de</strong>.<br />
Mas, para além disso, é preciso também cultivar as virtu<strong>de</strong>s: a mo<strong>de</strong>ração<br />
no alcance <strong>de</strong> enriquecimentos pessoais; a recusa <strong>de</strong> especulações exploradoras;<br />
a tutela da ocupação, hoje tão precária, bem como a dos aforradores.<br />
Sem ética e sem virtu<strong>de</strong>s serão a mentira e a barbárie a triunfar sobre tudo e<br />
sobre todos.<br />
3. O que posso fazer? O que po<strong>de</strong>mos fazer?<br />
Perante os vários rostos da pobreza, agravada pela crise mundial, a inquietação<br />
está aí. Lê-se nos rostos; diz-se <strong>na</strong>s con<strong>ver</strong>sas. Cada dia somos testemunhas<br />
<strong>de</strong> novas dificulda<strong>de</strong> económicas e sociais. Tomemos tempo para<br />
reflectir sobre aquilo a que esta crise nos convida.<br />
Que posso fazer? Que po<strong>de</strong>mos fazer? – São interrogações que nos inquietam<br />
como indivíduos e como comunida<strong>de</strong>s. Nem um lí<strong>de</strong>r carismático,<br />
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