Quereis ver Jesus? Contemplai-O na cruz! - Diocese de Leiria Fátima
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. teologia / pastoral .<br />
E como quer que <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o começo <strong>de</strong>terminei que nele estivessem fra<strong>de</strong>s, ou<br />
freiras do meu agrado, o que, segundo creio, já vos contei, agora vos peço e<br />
rogo, como mercê, que venhais para maior serviço <strong>de</strong> Deus e <strong>de</strong> sua Mãe, que<br />
do alto estarão olhando para tudo que em sua glória fizer<strong>de</strong>s. Além disso vos<br />
rogo que o Dr. Frei Gomes, que boa e merecida fama tem, venha como prior<br />
dos outros fra<strong>de</strong>s, pois que assim agrada a meu Rei e Senhor, que me falou<br />
<strong>de</strong> sua vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong>, quanto a este mosteiro, combi<strong>na</strong>r em tudo comigo e <strong>de</strong><br />
auxiliar-me conforme a minha intenção.<br />
E po<strong>de</strong>reis trazer os fra<strong>de</strong>s, até ao número que antes vos disse, e que sejam<br />
bons, portugueses fiéis à Pátria, do modo que vos parecer melhor, pois sois o<br />
Superior <strong>de</strong>les <strong>na</strong> Religião.<br />
E como, segundo a vossa lei, não comeis carnes e ten<strong>de</strong>s jejuns muito<br />
prolongados, não achareis aqui falta <strong>de</strong> provisão, porque ficará aos meus cuidados<br />
dar-vos comida e roupa suficientes, pois do que é meu, e do que Deus<br />
e o Rei meu Senhor me <strong>de</strong>ram, posso fazer mercê, e isto é tor<strong>na</strong>r a ele o que<br />
antes me conce<strong>de</strong>u.<br />
E por circunstância alguma <strong>de</strong>ixai <strong>de</strong> vir imediatamente <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> meu<br />
pedido, para fazer<strong>de</strong>s todos os serviços sacerdotais para o tempo que esti<strong>ver</strong><strong>de</strong>s<br />
aqui neste mosteiro encarregados da sua cura espiritual, pois ha<strong>ver</strong>á<br />
bastante lugar para fazer<strong>de</strong>s a vossa oração e on<strong>de</strong> po<strong>de</strong>is vi<strong>ver</strong> retirados no<br />
silêncio da vossa regra, que vos como corre a fama, <strong>de</strong>ram tão gran<strong>de</strong>s merecimentos<br />
diante <strong>de</strong> Deus. E por ora não tenho mais que dizer.”<br />
Poucos dias <strong>de</strong>pois, no início do mês <strong>de</strong> Agosto, Nuno Álvares Pereira fez<br />
mais outra doação, a última que podia fazer: a doação <strong>de</strong> si mesmo, entrando<br />
para a Or<strong>de</strong>m, como humil<strong>de</strong> Irmão leigo ou semi-frater, a fim <strong>de</strong> consumar a<br />
sua obra principal: a santificação da sua própria alma. Durante pouco menos<br />
<strong>de</strong> 8 anos havia <strong>de</strong> edificar a todos por sua profunda humilda<strong>de</strong> e pieda<strong>de</strong>.<br />
Faleceu no 1º <strong>de</strong> Abril, provavelmente <strong>de</strong> 1431, no meio <strong>de</strong> seus irmãos <strong>de</strong>solados,<br />
e pranteado por todo o Portugal. (Escapulário do Carmo, Outubro,<br />
1956, pp. 10-12).<br />
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