11.04.2013 Views

Quereis ver Jesus? Contemplai-O na cruz! - Diocese de Leiria Fátima

Quereis ver Jesus? Contemplai-O na cruz! - Diocese de Leiria Fátima

Quereis ver Jesus? Contemplai-O na cruz! - Diocese de Leiria Fátima

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

. escritos episcopais .<br />

3. Expressões da amiza<strong>de</strong> pela cida<strong>de</strong> e <strong>na</strong> cida<strong>de</strong><br />

1. A primeira expressão fundamental <strong>de</strong>sta amiza<strong>de</strong> pela cida<strong>de</strong> é não<br />

fugir da cida<strong>de</strong>: não no sentido físico, <strong>de</strong> quem ao fim <strong>de</strong> sema<strong>na</strong> vai a campo<br />

ou à montanha, o que é saudável; mas no sentido <strong>de</strong> não se alhear, não se<br />

<strong>de</strong>sinteressar pela vida da cida<strong>de</strong>, pelos seus problemas, mas consi<strong>de</strong>rar a<br />

cida<strong>de</strong> como a nossa casa, uma casa comum, pela qual e <strong>na</strong> qual todos nós<br />

somos responsáveis. Por isso, somos chamados a apren<strong>de</strong>r a vi<strong>ver</strong> <strong>na</strong> cida<strong>de</strong><br />

como numa casa comum: que cada um aprenda a vi<strong>ver</strong> nela com gosto,<br />

com corresponsabilida<strong>de</strong>, com empenho, <strong>de</strong> modo a torná-la mais habitável,<br />

mais à medida da pessoa huma<strong>na</strong>, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> as pequeni<strong>na</strong>s coisas até aos gran<strong>de</strong>s<br />

problemas que se vivem <strong>na</strong> cida<strong>de</strong>, por exemplo <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

cada um e <strong>de</strong> cada família em manter a cida<strong>de</strong> limpa e bela, à participação<br />

<strong>na</strong> sua vida social e cultural até ao contributo que cada um <strong>de</strong> nós po<strong>de</strong> dar<br />

para ajudar a resol<strong>ver</strong> os problemas da cida<strong>de</strong>, concretamente os problemas<br />

sociais.<br />

2. Uma outra expressão da amiza<strong>de</strong> pela cida<strong>de</strong> e <strong>na</strong> cida<strong>de</strong>, é o empenho<br />

em iniciativas para cultivar as relações entre pessoas e grupos para além das<br />

suas afinida<strong>de</strong>s <strong>na</strong>turais, ou das afinida<strong>de</strong>s próprias <strong>de</strong> cada um e <strong>de</strong> cada grupo.<br />

Por vezes, a cida<strong>de</strong> po<strong>de</strong> aparecer como um aglomerado <strong>de</strong> grupos ou <strong>de</strong><br />

vários corpos separados, <strong>de</strong> vários extractos da população que não comunicam<br />

entre si: categorias sociais, profissões, interesses <strong>de</strong> trabalho, interesses<br />

políticos, imigrados que vêm trabalhar para junto <strong>de</strong> nós, etnias, como por<br />

exemplo os ciganos, etc. Tem-se a impressão, por vezes, <strong>de</strong> que a cida<strong>de</strong> já<br />

é um corpo <strong>de</strong>masiado gran<strong>de</strong> para que haja um laço <strong>de</strong> fundo que possa pôr<br />

em comunicação e em relação todos estes grupos que formam a cida<strong>de</strong>, que<br />

haja um laço <strong>de</strong> fundo que possa dar unida<strong>de</strong> e tor<strong>na</strong>r a cida<strong>de</strong> unida. É, pois,<br />

importante atravessar estes grupos com amiza<strong>de</strong>s que ponham em relação,<br />

que ponham em re<strong>de</strong>, em comunicação, costumes, interesses, linguagens e<br />

culturas di<strong>ver</strong>sas. É um enriquecimento para a cida<strong>de</strong>.<br />

3. Neste contexto, coloca-se, <strong>de</strong> modo particular, a missão da nossa Igreja,<br />

das nossas comunida<strong>de</strong>s cristãs, <strong>de</strong> cada comunida<strong>de</strong> cristã da cida<strong>de</strong>, <strong>de</strong><br />

criar laços <strong>de</strong> amiza<strong>de</strong>, <strong>de</strong> comunhão e solidarieda<strong>de</strong> para além das afinida<strong>de</strong>s<br />

<strong>na</strong>turais, para constituir aquele tecido <strong>de</strong> referência que dá suporte <strong>de</strong> fundo<br />

ao sentido cívico e moral <strong>de</strong> uma cida<strong>de</strong>.<br />

Daqui <strong>de</strong>riva também um compromisso, um empenho para todos, <strong>de</strong> criar<br />

54 | LEIRIA-FÁTIMA • 47 |

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!