Quereis ver Jesus? Contemplai-O na cruz! - Diocese de Leiria Fátima
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. escritos episcopais .<br />
Homilia no Dia da Cida<strong>de</strong><br />
A amiza<strong>de</strong> pela cida<strong>de</strong> e <strong>na</strong> cida<strong>de</strong><br />
É com muita alegria que me associo ao Dia da Cida<strong>de</strong>, que coinci<strong>de</strong> com<br />
o do ani<strong>ver</strong>sário da fundação da <strong>Diocese</strong>. Com esta alegria saúdo, afectuosamente,<br />
todos os presentes. Saúdo, com cordial <strong>de</strong>ferência, a Exma. Sra.<br />
Presi<strong>de</strong>nte da Câmara, o conselho municipal e os <strong>de</strong>mais autarcas.<br />
Nesta ocasião permitam-me oferecer-lhes uma meditação intitulada: “A<br />
amiza<strong>de</strong> pela cida<strong>de</strong> e <strong>na</strong> cida<strong>de</strong>”, <strong>de</strong>ixando-nos inspirar pela Palavra <strong>de</strong> Deus<br />
que foi proclamada.<br />
1. Um novo olhar sobre a cida<strong>de</strong><br />
As leituras que ouvimos são uma <strong>ver</strong>da<strong>de</strong>ira Cantata ao Amor, à beleza do<br />
Amor que <strong>Jesus</strong> Cristo introduz no coração dos homens e do mundo.<br />
Na ceia da <strong>de</strong>spedida, <strong>Jesus</strong> <strong>de</strong>ixa-nos o testemunho e o testamento <strong>de</strong>finitivos<br />
do seu amor: “É este o meu mandamento: que vos ameis uns aos outros<br />
como eu vos amei. Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida<br />
pelos seus amigos”! São palavras <strong>de</strong> fogo! Sem este amor, o coração humano<br />
e a cida<strong>de</strong> dos homens tor<strong>na</strong>m-se um <strong>de</strong>serto espiritual. Além disso, abre-se<br />
diante <strong>de</strong> nós um programa <strong>de</strong> vida e <strong>de</strong> empenho praticamente ilimitado,<br />
total e uni<strong>ver</strong>sal.<br />
Por sua vez, S. Paulo enumera uma série <strong>de</strong> atitu<strong>de</strong>s concretas em que se<br />
traduz este amor para vi<strong>ver</strong> em comunida<strong>de</strong>: a carida<strong>de</strong>, o acolhimento e a<br />
hospitalida<strong>de</strong>, a estima recíproca, a solidarieda<strong>de</strong> com os que riem e com os<br />
que choram, a diligência no trabalho, o serviço humil<strong>de</strong>, a esperança alegre...<br />
A atitu<strong>de</strong> do amor <strong>de</strong> benevolência, <strong>de</strong> querer bem ao outro como tal,<br />
tem profundas implicações cívicas e sociais: é uma atitu<strong>de</strong> necessária para<br />
construir uma cida<strong>de</strong> e uma socieda<strong>de</strong> convivial, <strong>de</strong> que é expressão bela “o<br />
banquete” eucarístico em cada domingo. <strong>Jesus</strong> introduz um novo ambiente<br />
convivial entre as pessoas. Convida-nos, pois, a um novo olhar sobre a cida<strong>de</strong>,<br />
a re<strong>de</strong>scobri-la como espaço e expressão <strong>de</strong> amiza<strong>de</strong>, <strong>de</strong> fraternida<strong>de</strong>, <strong>de</strong><br />
reconciliação, que <strong>de</strong>ita por terra os muros da divisão e introduz a paz <strong>na</strong>s<br />
relações entre as pessoas que habitam e formam a cida<strong>de</strong>. Temos aqui então<br />
o tema da amiza<strong>de</strong>.<br />
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