Revisão e formatação: Lancelot – Papiros_Virtuais ... - CloudMe
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- Ainda não. Está ocupado com uma chamada importante.<br />
- Estou a caminho. Ele que me ligue logo que estiver livre. - Collet tomou nota do<br />
endereço e saltou para dentro do carro. Enquanto se afastava do banco com os pneus<br />
guinchando, percebeu que se esquecera de perguntar quem informara a DCPJ sobre a<br />
localização de Langdon. Não que fizesse qualquer diferença. Tinha agora uma<br />
oportunidade de redimir-se do seu ceticismo e anteriores erros. Estava à beira de fazer a<br />
detenção mais espectacular da sua carreira.<br />
Contatou pelo rádio os cinco carros que o seguiam.<br />
- Nada de sirenes. Não quero que Langdon saiba que estamos chegando.<br />
A quarenta quilômetros dali, um Audi preto saiu da estrada rural e parou no meio<br />
da escuridão à beira de um campo. Silas apeou-se e espreitou por entre as barras de<br />
ferro forjado do gradeamento que cercava a vasta propriedade. Viu, ao longe, a mansão<br />
que se erguia no topo da suave vertente banhada pelo luar.<br />
Todas as luzes do piso térreo estavam acesas. Estranho para esta hora, pensou<br />
Silas, sorrindo. A informação que o Professor lhe dera estava evidentemente correta. Não<br />
sairei desta casa sem a Chave de Abóbada, jurou a si mesmo. Não deixarei ficar mal o<br />
bispo e o Professor.<br />
Depois de verificar o carregador de treze tiros da sua Heckler and Koch, fez passar<br />
a arma por entre as grades e deixou-a cair no solo coberto de musgo do outro lado.<br />
Então, agarrando-se com as duas mãos ao topo dos varões de ferro, içou-se, passou por<br />
cima do gradeamento e saltou para o chão. Ignorando a dor excruciante do cilício,<br />
recuperou a arma e iniciou a longa caminhada em direção à casa.<br />
CAPÍTULO CINQUENTA E OITO<br />
O “estúdio” de Teabing era diferente de qualquer outro que Sophie tivesse visto.<br />
Seis ou sete vezes mais amplo do que o mais luxuoso dos escritórios, o cabinet de travail<br />
de Sir Leigh parecia um desgracioso híbrido de laboratório científico, biblioteca, arquivo e<br />
feira da ladra interior. Iluminado por três lustres suspensos, o vasto chão de tijoleira<br />
mostrava-se salpicado de ilhas dispersas de mesas de trabalho vergadas ao peso de<br />
livros, obras de arte, artefatos e uma surpreendente quantidade de aparelhagem<br />
eletrônica: computadores, projetores, microscópios, fotocopiadoras e scanners planos.<br />
- Transformei o salão de baile - explicou Teabing, com um ar embaraçado, quando<br />
entraram na sala. - Não tenho assim muitas oportunidades de dançar.<br />
Sophie sentiu como se toda aquela noite fosse uma espécie de quinta dimensão<br />
onde nada era o que ela esperava.<br />
- Tudo isto é para o seu trabalho?<br />
- Descobrir a verdade tornou-se a paixão da minha vida respondeu Teabing. - E o<br />
Sangreal é a minha amante preferida.<br />
O Santo Graal é uma mulher, pensou Sophie, e o seu espírito era uma colagem de<br />
idéias interligadas que pareciam não fazer qualquer sentido.<br />
- Disse que tinha um retrato da mulher que afirma ser o Santo Graal.<br />
- Sim, mas não sou eu que afirmo que ela é o Santo Graal. O próprio Cristo fez<br />
essa afirmação.<br />
- Qual é o quadro? - perguntou Sophie, percorrendo as paredes com o olhar.<br />
- Hmmm... - Teabing fez todo um espectáculo de fingir ter-se esquecido. - O Santo<br />
Graal. O Sangreal. O Cálice. - Voltou-se subitamente e apontou para a parede mais<br />
distante, da qual estava suspensa uma cópia com dois metros e quarenta de