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Revisão e formatação: Lancelot – Papiros_Virtuais ... - CloudMe

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- Eu sei. - A mulher pousou as mãos ternas nos ombros de Sophie e olhou para ela<br />

com olhos que eram familiares. - Eu e o seu avô fomos obrigados a dizer tantas coisas.<br />

Fizemos o que julgamos ser certo. Lamento tanto. Foi para garantir a sua segurança,<br />

princesa.<br />

Sophie ouviu a última palavra e pensou imediatamente no avô, que lhe chamara de<br />

princesa durante tantos anos. O som da voz dele parecia ecoar agora nas velhas pedras<br />

de Rosslyn, pousando na terra e reverberando nos desconhecidos vazios lá embaixo.<br />

A mulher lançou os braços ao pescoço de Sophie, com as lágrimas caindo-lhe pelo<br />

rosto cada vez mais depressa.<br />

- O seu avô queria tanto contar-lhe tudo. Mas as coisas não estavam fáceis entre<br />

vocês dois. Ele tentou tanto. Há tanta coisa que tem de ser explicada. Tanta. - Voltou a<br />

beijar Sophie na testa e murmurou-lhe ao ouvido. - Acabaram-se os segredos, princesa.<br />

É hora de saber a verdade a respeito da nossa família.<br />

Sophie e a avó estavam sentadas nos degraus do alpendre, enlaçadas um choroso<br />

abraço, quando o jovem cicerone atravessou correndo o relvado, os olhos brilhantes de<br />

esperança e incredulidade.<br />

- Sophie?<br />

Sophie assentiu através das lágrimas, pondo-se de pé. Não conhecia o rosto do<br />

jovem, mas, quando se abraçaram, sentiu a força do sangue que lhe corria nas veias... o<br />

sangue que, sabia agora, ambos partilhavam.<br />

Quando Langdon atravessou o relvado para se juntar a eles, Sophie não<br />

conseguia imaginar como fora possível que apenas um dia antes se sentisse tão sozinha<br />

no mundo. E agora, sem saber como, naquela terra estrangeira, na companhia de três<br />

pessoas que mal conhecia, sentiu que tinha finalmente chegado em casa.<br />

CAPÍTULO CENTO E CINCO<br />

A noite descera sobre Rosslyn.<br />

Robert Langdon estava sozinho no alpendre da casa de pedra rústica, saboreando<br />

os sons de alegria e reunião que lhe chegavam através da porta de rede. A caneca de<br />

forte café brasileiro que tinha na mão concedera-lhe uma atordoada trégua na luta contra<br />

a exaustão que sentia crescer, uma trégua que ele sabia fugaz. A fadiga que lhe vergava<br />

o corpo ia até o âmago.<br />

- Veio aqui para fora sem dizer nada - disse uma voz atrás dele.<br />

Voltou-se. A avó de Sophie estava à porta, com os cabelos prateados brilhando à<br />

luz da Lua. Chamava-se Marie Chauvel, ou pelo menos assim tinha se chamado durante<br />

os últimos vinte e oito anos.<br />

Langdon esboçou um sorriso cansado.<br />

- Achei melhor dar à sua família algum tempo para estarem juntos. - Via, através<br />

da janela, Sophie sentada conversando com o irmão.<br />

Marie aproximou-se e foi encostar-se ao varandim, junto dele.<br />

- Senhor Langdon, quando soube do assassínio do Jacques, fiquei aterrorizada<br />

pela segurança da Sophie. Vê-la de pé à minha porta esta noite foi o maior alívio que<br />

senti em toda a vida. Nunca poderei agradecer-lhe o suficiente.<br />

Langdon não fazia idéia de como responder. Apesar de ter se oferecido para dar a<br />

Sophie e à avó tempo para falarem em particular, Marie pedira-lhe que ficasse e ouvisse.<br />

O meu marido confiava obviamente em você, senhor Langdon, por isso eu também<br />

confio.

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