Revisão e formatação: Lancelot – Papiros_Virtuais ... - CloudMe
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Langdon olhou para as duas colunas intricadamente esculpidas no extremo mais<br />
distante da capela. O branco entrelaçado das suas gravuras parecia brilhar com uma<br />
incandescência avermelhada sob os últimos raios de sol que entravam pela janela<br />
ocidental. Os pilares - situados no lugar onde normalmente estaria o altar - formavam um<br />
estranho par. O da esquerda era entalhado por simples linhas verticais, enquanto o da<br />
direita se apresentava ornamentado por uma elaborada espiral florida.<br />
Sophie já ia aproximar-se deles. Langdon apertou o passo para alcançá-la e,<br />
quando chegaram junto das colunas, Sophie acenava com um ar de incredulidade.<br />
- Sim, tenho certeza absoluta de que já os tinha visto!<br />
- Não duvido que os tenha visto - disse Langdon -, mas não foi necessariamente<br />
aqui.<br />
Ela se voltou.<br />
- Que quer dizer com isso?<br />
- Estes dois pilares são as estruturas arquitetônicas mais copiadas da História. Há<br />
réplicas deles espalhadas pelo mundo todo.<br />
- Réplicas de Rosslyn? - Sophie parecia cética.<br />
- Não. Dos pilares. Lembra-se de eu lhe ter dito que Rosslyn é uma cópia do<br />
Templo de Salomão? Esses dois pilares são réplicas exatas dos que se erguiam no topo<br />
do Templo. - Langdon apontou para o pilar da esquerda. - Aquele chama-se Boaz... ou o<br />
Pilar do Maçon. O outro chama-se Jachin... ou o Pilar do Aprendiz. Fez uma pausa. - Na<br />
realidade, praticamente todos os templos maçônicos do mundo têm dois pilares como<br />
estes.<br />
Langdon já tinha lhe explicado as fortes ligações históricas dos Templários às<br />
modernas sociedades secretas maçônicas, cujos graus primários - Aprendiz Francomaçon,<br />
Companheiro Franco-maçon o e Mestre Maçon - remontavam aos primeiros<br />
tempos dos Templários. A última quadra do avô de Sophie fazia uma referência explícita<br />
aos Mestres Pedreiros que tinham decorado Rosslyn com as suas gravuras artísticas.<br />
Falava também do teto central da capela, coberto de gravuras de estrelas e de planetas.<br />
- Nunca entrei em um templo maçônico - disse Sophie, ainda olhando para os<br />
pilares. - Tenho quase certeza de que os vi aqui. - Voltou-se para estudar o resto da<br />
capela, como que à procura de qualquer outra coisa que lhe avivasse a memória.<br />
Os outros visitantes estavam saindo, e o cicerone atravessava a capela na direção<br />
deles com um simpático sorriso. Era um jovem atraente, no fim da casa dos vinte, que<br />
falava com um forte sotaque escocês e tinha cabelos louros com um toque de vermelho.<br />
- Estava me preparando para fechar por hoje. Posso ajudá-los a encontrar alguma<br />
coisa?<br />
E se fosse o Santo Graal? Langdon teve vontade de dizer.<br />
- O código - exclamou Sophie, numa súbita revelação. - Há aqui um código!<br />
O cicerone pareceu contente com o entusiasmo dela.<br />
- É verdade que sim, minha senhora.<br />
- Está no teto - continuou Sophie, voltando-se para a parede do lado direito. - Em<br />
algum lugar... ali.<br />
O jovem sorriu.<br />
- Vejo que não é a primeira vez que vem a Rosslyn.<br />
O código, pensou Langdon. Esquecera-se desse pequeno pedaço de lenda. Entre<br />
os muitos mistérios de Rosslyn, havia um arco abobadado do qual sobressaíam centenas<br />
de blocos de pedra, formando uma estranha superfície multifacetada. Cada bloco tinha<br />
um símbolo gravado, aparentemente ao acaso, criando um código de proporções<br />
inimagináveis. Havia quem afirmasse que revelava a entrada para a cripta escavada por<br />
baixo da capela. Outros diziam que contava a verdadeira história do Graal. Não que