Revisão e formatação: Lancelot – Papiros_Virtuais ... - CloudMe
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- Principia Mathematica, se bem me lembro, têm qualquer coisa a ver com a força<br />
gravidacional dos planetas... que são reconhecidamente globos, mas parece-me muito<br />
rebuscado.<br />
- E os signos do Zodíaco? - sugeriu Sophie, apontando para as constelações<br />
gravadas no globo. - Há pouco falava de Peixes e de Aquário, não foi?<br />
O Fim dos Dias, pensou Langdon.<br />
- O fim da Era de Peixes e o início da de Aquário era alegadamente o momento<br />
histórico em que o Priorado tencionava apresentar ao mundo os documentos Sangreal. -<br />
A passagem do milênio chegou e passou sem incidentes, deixando os historiadores sem<br />
saber quando virá a verdade.<br />
- Parece possível - disse Sophie - que os planos do Priorado para revelar a<br />
verdade estejam relacionados com o último verso do poema.<br />
Fala de carne Rosada e de um útero a germinar. Langdon sentiu um arrepio de<br />
potencial. Não tinha considerado o verso daquela perspectiva.<br />
- Disse-me - continuou Sophie - que o calendário do Priorado para revelar a<br />
verdade a respeito “da Rosa” e do seu útero fértil estava diretamente ligado à posição dos<br />
planetas... órbitas, globos.<br />
Langdon assentiu, sentindo os primeiros frágeis fiapos de possibilidade<br />
materializarem-se. Mesmo assim, a intuição dizia-lhe que a Astronomia não era a chave.<br />
Todas as soluções anteriores do Grão-Mestre tinham tido um eloquente significado<br />
simbólico - a Mona Lisa, A Madonna dos Rochedos, SOFIA. Uma eloquência que estava<br />
definitivamente ausente do conceito de órbitas planetárias e do Zodíaco. Até o momento,<br />
Jacques Saunière provara ser um codificador meticuloso, e Langdon tinha de acreditar<br />
que a sua senha final - as cinco letras que descobririam o segredo do Priorado -<br />
provariam ser não só simbolicamente adequadas mas também cristalinamente claras. Se<br />
aquela solução estivesse na linha das outras, se revelaria dolorosamente óbvia, uma vez<br />
encontrada.<br />
- Veja! - exclamou Sophie, sacudindo-lhe os pensamentos ao agarrar-lhe um<br />
braço. Pelo medo evidente no modo como o agarrou, Langdon pensou que alguém se<br />
aproximava, mas quando se voltou para ela, viu-a olhando. estupefata, para a superfície<br />
de mármore negro do sarcófago. <strong>–</strong> Alguém esteve aqui - murmurou ela, apontando para<br />
um ponto perto do pé direito de Newton.<br />
Langdon não compreendeu aquela agitação. Um turista distraído deixara um lápis<br />
de carvão, dos usados para esfregar as pedras tumulares, em cima do túmulo, junto ao<br />
pé de Newton. Não é nada. Estendeu a mão para pegar o lápis, mas, ao fazê-lo, a luz<br />
incidiu com um ângulo diferente na placa de mármore polido, e Langdon imobilizou-se.<br />
Subitamente, percebeu o que assustara Sophie.<br />
Escrita a carvão na tampa do sarcófago, junto ao pé de Newton, quase invisível,<br />
havia uma mensagem:<br />
Tenho o Teabing.Passem pela Casa do Capítulo e saiam pela porta sul para o<br />
jardim público.<br />
Langdon leu as palavras duas vezes, com o coração martelando-lhe o peito.<br />
Sophie voltou-se e perscrutou a nave. Apesar da excitação que o invadira ao ler as<br />
palavras, Langdon disse a si mesmo que aquilo eram boas notícias. Leigh está vivo. E<br />
havia ainda uma outra implicação.<br />
- Eles também não sabem qual é senha - sussurrou.<br />
Sophie assentiu. Caso contrário, para quê darem a conhecer a sua presença?<br />
- Talvez queiram trocar o Leigh pela senha.<br />
-Ou então é uma armadilha.<br />
Langdon abanou a cabeça.