Cirurgia Fígado Completo - Drorlandotorres.com.br
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cistos simples e a doença policística hepática. Entre os cistos adquiridos, consideramos<<strong>br</strong> />
o tumoral (cistoadenoma e cistoadenocarcinoma), pós-traumático e o cisto hidático.<<strong>br</strong> />
Gigot e colaboradores classificaram a doença policística <strong>com</strong> base na tomografia<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>putadorizada do abdome. Essa descrição definiu o número, o tamanho do cisto e a<<strong>br</strong> />
quantidade de parênquima hepático residual normal entre os cistos. O tipo I apresenta<<strong>br</strong> />
um número limitado dos cistos (inferior a 10 cistos) ou cistos maiores <strong>com</strong> grandes<<strong>br</strong> />
áreas de parênquima entre os cistos. O tipo II apresenta envolvimento difuso do<<strong>br</strong> />
parênquima hepático por cistos de tamanho médio <strong>com</strong> grandes áreas remanescentes de<<strong>br</strong> />
parêquima não-cístico. O tipo III é caracterizado por envolvimento difuso e maciço do<<strong>br</strong> />
parênquima hepático por cistos de tamanho pequeno e médio e somente poucas áreas de<<strong>br</strong> />
parênquima hepático normal entre os cistos. Essa classificação pode oferecer a<<strong>br</strong> />
possibilidade de <strong>com</strong>paração de doença morfológica entre pacientes contribuindo na<<strong>br</strong> />
estratégia terapêutica.<<strong>br</strong> />
QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO<<strong>br</strong> />
Na maioria dos casos a doença hepática policística é assintomática, os cistos<<strong>br</strong> />
sintomáticos são mais encontrados em mulheres <strong>com</strong> idade superior a 50 anos e os<<strong>br</strong> />
sintomas causados pelo cisto hepático estão relacionados ao tamanho e localização do<<strong>br</strong> />
cisto ou são resultado da <strong>com</strong>pressão de estruturas vizinhas.<<strong>br</strong> />
Os sintomas são geralmente vagos e consistem em fadiga, inapetencia, fe<strong>br</strong>e,<<strong>br</strong> />
náusea, dispepsia, dor ou massa abdominal, distensão abdominal ou saciedade precoce<<strong>br</strong> />
devido a hepatomegalia. Dispneia pode ocorrer em pacientes <strong>com</strong> cistos de tamanhos<<strong>br</strong> />
variados. Embora seja fácil atribuir ao paciente os sintomas da presença de um cisto<<strong>br</strong> />
volumoso, a possibilidade de doença coexistente deve ser excluida antes da intervenção.<<strong>br</strong> />
As condições associadas <strong>com</strong> dor e desconforto abdominal, tais <strong>com</strong>o doença ulcerosa<<strong>br</strong> />
péptica, colecistolitíase, abscessos intra-abdominais ou tumores devem ser descartados<<strong>br</strong> />
antes dos sintomas serem atribuidos a doença cística. Durante o exame físico,<<strong>br</strong> />
hepatomegalia e massa palpável são achados <strong>com</strong>uns. Icterícia pode ser evidente devido<<strong>br</strong> />
a <strong>com</strong>pressão biliar. Mais raramente as <strong>com</strong>plicações dos cistos podem incluir infecção,<<strong>br</strong> />
hemorragia, ruptura <strong>com</strong> hemoperitônio, torção do cisto, hipertensão porta, <strong>com</strong>pressão<<strong>br</strong> />
da veia hepática ou cava inferior, ou icterícia devido a <strong>com</strong>pressão do ducto biliar.<<strong>br</strong> />
Os exames de investigação para diferenciar a lesão cística incluem a ultra-<<strong>br</strong> />
sonografia e tomografia <strong>com</strong>putadorizada. A ultra-sonografia é um exame não invasivo,<<strong>br</strong> />
facilmente disponível, sensível e de baixo custo, devendo ser o primeiro método