Cirurgia Fígado Completo - Drorlandotorres.com.br
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de colédoco no adulto não pode ser realizado <strong>com</strong> base simplesmente na sintomatologia.<<strong>br</strong> />
A ultra-sonografia é o método de investigação inicial. O cisto identificado deve ser<<strong>br</strong> />
avaliado <strong>com</strong> tomografia <strong>com</strong>putadorizada e colangiopancreatografia endoscópica<<strong>br</strong> />
retrógrada para delinear a extensão da doença cística e avaliar malignidade.<<strong>br</strong> />
Entre as <strong>com</strong>plicações dos cistos do colédoco há o abscesso hepático, a ruptura<<strong>br</strong> />
do cisto, a colecistite litiásica, colangite e a malignização. A malignização é uma<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>plicação bem descrita do cisto de colédoco. O índice de malignização registrado é<<strong>br</strong> />
de 14-18% em adultos e acima de 50% em pacientes <strong>com</strong> idade superior a 50 anos,<<strong>br</strong> />
sugerindo um aumento do risco <strong>com</strong> a idade. Entretanto, nem todos os cistos têm o<<strong>br</strong> />
mesmo risco, A degeneração maligna ocorre mais frequentemente nos cisto de colédoco<<strong>br</strong> />
tipo I e tipo IV, sendo raro nos tipos II e III. Para avaliar a probabilidade de<<strong>br</strong> />
malignização, dez a vinte anos de seguimento são necessários. O local de ocorrência de<<strong>br</strong> />
malignização é geralmente dentro do cisto, mas tem sido registrado ocorrer em qualquer<<strong>br</strong> />
lugar dentro do sistema biliar. A presença de icterícia aumenta a suspeita de<<strong>br</strong> />
malignidade em pacientes <strong>com</strong> cisto de colédoco. O princípio do tratamento cirúrgico<<strong>br</strong> />
do cisto de colédoco através da <strong>com</strong>pleta ressecção do cisto e restauração da drenagem<<strong>br</strong> />
biliar por hepatico-jejunostomia é um conceito que tem apresentado grande aceitação no<<strong>br</strong> />
mundo. Entretanto, apesar da importância de remover todo o cisto de colédoco, muitos<<strong>br</strong> />
cirurgiões sugerem a excisão <strong>com</strong> intervenção específica direcionada para cada tipo de<<strong>br</strong> />
cisto (Tabela 6).<<strong>br</strong> />
Tabela 6: Tratamento cirúrgico dos cistos de colédoco<<strong>br</strong> />
______________________________________________________________________<<strong>br</strong> />
Tipo Conduta cirúrgica<<strong>br</strong> />
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Tipo I Excisão do cisto <strong>com</strong> hepato-jejunostomia em Y de Roux<<strong>br</strong> />
Tipo II Excisão simples do cisto<<strong>br</strong> />
Tipo III Esfincterotomia endoscópica ou excisão cirúrgica da coledococele<<strong>br</strong> />
Tipo IV a Excisão do cisto e hepatojejunostomia em Y de Roux<<strong>br</strong> />
Tipo IV b Excisão do cisto e hepatojejunostomia em Y de Roux, transplante<<strong>br</strong> />
Tipo V Hepatectomia, lobectomia, transplante hepático, Y de Roux<<strong>br</strong> />
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Os cistos do tipo I, II e IVb podem ser manuseados <strong>com</strong> <strong>com</strong>pleta excisão e<<strong>br</strong> />
reconstrução <strong>com</strong> hepaticojejunostomia. No caso do cisto tipo IVa é mais controverso.<<strong>br</strong> />
O extenso envolvimento intra-hepático do sistema biliar pode impossibilitar sua<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>pleta excisão. Nesse caso, hepatoenteroanastomose ampla tem sido re<strong>com</strong>endada. O<<strong>br</strong> />
cirurgião deve decider se o risco de câncer que resulta de remoção in<strong>com</strong>pleta do cisto<<strong>br</strong> />
do colédoco intra-hepático e intrapancreático justifica a morbidade que pode ocorrer<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong> a excisão total. Não está claro se a excisão de somente o cisto extra-hepático é