Cirurgia Fígado Completo - Drorlandotorres.com.br
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CISTOADENOMA E CISTOADENOCARCINOMA<<strong>br</strong> />
Os cistos neoplásicos são estimados <strong>com</strong>preenderem aproximadamente 5% de<<strong>br</strong> />
todas as lesões císticas. O cistoadenoma biliar ocorre predominantemente no fígado,<<strong>br</strong> />
embora eles tenham sido registrados na via biliar, incluindo a vesícula biliar. É definido<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>o uma lesão cística multilocular disposta por epitélio colunar ou cubóide secretor de<<strong>br</strong> />
mucina, <strong>com</strong> um a<strong>com</strong>panhamento densamente celular de estroma ovariano (ovarian-<<strong>br</strong> />
like).<<strong>br</strong> />
Acredita-se que são originados do epitélio biliar <strong>com</strong> aproximadamente 85% na<<strong>br</strong> />
porção intra-hepática da via biliar, embora também tenham sido descritos nos ductos<<strong>br</strong> />
biliares extra-hepáticos e na vesícula biliar. Ocorrem predominantemente em mulheres<<strong>br</strong> />
de meia idade, sendo geralmente sintomáticos no momento do diagnóstico. Não tem<<strong>br</strong> />
sido identificado fator de risco, embora o predomínio no sexo feminino possa sugerir<<strong>br</strong> />
fator hormonal em sua etiologia. Os exames de imagem, particularmente a tomografia<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>putadorizada do abdome e ultra-sonografia, revelaram estrutura cística <strong>com</strong><<strong>br</strong> />
septações internas. Os cistoadenomas são frequentemente diagnosticados de forma<<strong>br</strong> />
incorreta <strong>com</strong>o cistos simples e tratados <strong>com</strong> aspiração ou excisão in<strong>com</strong>pleta. O<<strong>br</strong> />
resultado é a recorrência ou persistência dos seus sintomas associados. As lesões<<strong>br</strong> />
apresentam crecimento lento e o potencial de transformação maligna em<<strong>br</strong> />
cistoadenocarcinoma está bem documentado, podendo atingir 30%.<<strong>br</strong> />
A maioria das séries mostra um número pequeno de casos, sendo que mais de<<strong>br</strong> />
85% ocorrendo em mulheres. A média de idade de 48 anos tem sido descrita, <strong>com</strong><<strong>br</strong> />
variação de 40 a 55 anos. As causas de cistoadenomas são desconhecidas. As neoplasias<<strong>br</strong> />
císticas do fígado que envolvem primariamente o parênquima hepático e<<strong>br</strong> />
ocasionalmente a via biliar incluindo a vesícula, podem originar-se de um ducto biliar<<strong>br</strong> />
aberrante congênito ou diretamente uma célula hepatobiliar primitiva. A quase<<strong>br</strong> />
exclusividade de predominância do sexo feminino sugere influência hormonal.<<strong>br</strong> />
Grosseiramente os cistoadenomas são lobulados, multiloculados e contêm fluido desde<<strong>br</strong> />
claro e seroso, a mucinoso de colorações diferentes. A camada interna é geralmente lisa,<<strong>br</strong> />
embora possa ser trabeculada ou conter cistos polipoides que se projetam para o lumen.<<strong>br</strong> />
Histologicamente, os cistoadenomas podem ser divididos em dois grupos que<<strong>br</strong> />
distinguidos pela presença ou ausência de estroma mesenquimal (ovario-like) entre a<<strong>br</strong> />
camada interna epitelial e uma cápsula externa de tecido conjuntivo. Cistoadenoma sem<<strong>br</strong> />
estroma mesenquimal pode ocorrer em homens ou mulheres.<<strong>br</strong> />
A apresentação clínica do cistoadenoma é muito variada. Ocasionalmente, o<<strong>br</strong> />
paciente pode ter um cistoadenoma encontrado incidentalmente, entretanto a maioria