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Cirurgia Fígado Completo - Drorlandotorres.com.br

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aumentada. A concentração de creatinina sérica está normal ou apenas um pouco acima<<strong>br</strong> />

do normal, indicando que a taxa de filtração glomerular está normal ou reduzida.<<strong>br</strong> />

Para o tratamento da ascite de grande volume, existem duas estratégias<<strong>br</strong> />

terapêuticas: a paracentese associada à administração de diuréticos, aumentando a dose<<strong>br</strong> />

(dose máxima de 400 mg por dia de espironolactona e 160 mg por dia de furosemida),<<strong>br</strong> />

até que a perda de líquido ascítico seja alcançada. Embora não exista diferença entre as<<strong>br</strong> />

duas estratégias de tratamento em relação à mortalidade em longo prazo, a paracentese<<strong>br</strong> />

de grandes volumes é mais rápida, mais efetiva e está associada a menos efeito adverso<<strong>br</strong> />

que a terapia <strong>com</strong> diuréticos. Independentemente da estratégia usada, os diuréticos<<strong>br</strong> />

devem ser utilizados <strong>com</strong>o terapia de manutenção, para evitar a recorrência da ascite.<<strong>br</strong> />

A remoção de grandes volumes de líquido ascítico por paracentese sem o uso de<<strong>br</strong> />

espansores plasmáticos está associada ao <strong>com</strong>prometimento da função circulatória,<<strong>br</strong> />

caracterizada por uma redução no volume sanguíneo arterial efetivo e ativação dos<<strong>br</strong> />

fatores vasoconstrictores e antinatriurético. A disfunção circulatória após paracentese de<<strong>br</strong> />

grande volume está associada a índices elevados de recorrência da ascite,<<strong>br</strong> />

desenvolvimento de síndrome hepatorrenal ou hiponatremia dilucional em 20% dos<<strong>br</strong> />

pacientes <strong>com</strong> diminuição na so<strong>br</strong>evida. Os espansores plasmáticos são efetivos em<<strong>br</strong> />

prevenir essa <strong>com</strong>plicação. Embora o uso da albumina nessas situações permaneça<<strong>br</strong> />

controverso, devido a seu custo elevado e a falta de benefício <strong>com</strong>provado em relação à<<strong>br</strong> />

so<strong>br</strong>evida, a albumina apresenta maior efeito protetor no sistema circulatório que os<<strong>br</strong> />

outros espansores, uma característica que sustenta seu uso em pacientes tratados <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

paracentese de grandes volumes.<<strong>br</strong> />

As <strong>com</strong>plicações locais relacionadas <strong>com</strong> à paracentese, <strong>com</strong>o a infecção e a<<strong>br</strong> />

perfuração intestinal são muito raras se o procedimento é realizado dentro de uma<<strong>br</strong> />

técnica apropriada e <strong>com</strong> uma agulha adequada. A incidência de sangramento no local<<strong>br</strong> />

da punção ou hemoperitônio é baixa, entretanto a maioria dos estudos tem excluído<<strong>br</strong> />

pacientes <strong>com</strong> um tempo de protrombina elevado (acima de 21 segundos), INR superior<<strong>br</strong> />

a 1,6 ou contagem de plaquetas abaixo de 50.000.<<strong>br</strong> />

A ascite refratária ocorre em 5-10% dos pacientes <strong>com</strong> ascite e é definida<<strong>br</strong> />

segundo o consenso do clube internacional de ascite <strong>com</strong>o aquela que não pode ser<<strong>br</strong> />

mobilizada por diuréticos devido à falta de resposta (perda de peso médio menor que<<strong>br</strong> />

200g por dia durante os últimos quatro dias) a doses elevadas de diuréticos (400 mg de<<strong>br</strong> />

espironolactona por dia mais 160 mg de furosemida por dia). A principal característica<<strong>br</strong> />

clínica inclui episódios frequentes de recorrência de ascite após paracentese, risco<<strong>br</strong> />

aumentado de síndrome hepatorrenal tipo 1 e um pior prognóstico. A ascite recidivante

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