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Cirurgia Fígado Completo - Drorlandotorres.com.br

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A CIRURGIA HEPÁTICA NO SÉCULO XX<<strong>br</strong> />

Wendell, em 1911, foi o primeiro e aceitar clinicamente a descrição de Cantlie e<<strong>br</strong> />

realizar a primeira hepatectomia direita, utilizando a ligadura de estruturas hilares, no<<strong>br</strong> />

entanto, a aceitação universal da anatomia segmentar hepática só aconteceu a partir de<<strong>br</strong> />

1957 <strong>com</strong> os trabalhos de Claude Couinaud. Ele tornou a anatomia segmentar hepática<<strong>br</strong> />

clinicamente aplicável através da numeração dos segmentos de I a VIII (Couinaud,<<strong>br</strong> />

1957).<<strong>br</strong> />

Esse contínuo progresso científico e a experiência da II Guerra Mundial fizeram<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> que Jean Louis Lortat-Jacob (1952), um ex-cirurgião de guerra, na época lotado no<<strong>br</strong> />

hospital Brousse de Paris, realizasse a primeira ressecção hepática anatômica <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

controle vascular prévio. Esse relato chamou muita atenção na <strong>com</strong>unidade cirúrgica na<<strong>br</strong> />

época e seus efeitos foram potencializados pelo relato do cirurgião americano J. K.<<strong>br</strong> />

Quattlebaum (1953), que havia realizado uma lobectomia direita quatro meses após<<strong>br</strong> />

Lortat-Jacob. No Memorial Sloan-Kettering Cancer Center, 14 meses após Jacob e 10<<strong>br</strong> />

meses após Quattlebaum, George T. Pack também realizou uma hepatectomia direita e<<strong>br</strong> />

foi o primeiro a descrever e documentar a regeneração do fígado humano após esse<<strong>br</strong> />

procedimento.<<strong>br</strong> />

ANATOMIA CIRÚRGICA DO FÍGADO<<strong>br</strong> />

O fígado é dividido pela fissura umbilical e pelo ligamento falciforme em dois<<strong>br</strong> />

lobos: o lobo direito, o maior, e o lobo esquerdo. Na superfície inferior do lobo direito<<strong>br</strong> />

está a fissura hilar transversa, que constitui o limite posterior desse lobo. A porção do<<strong>br</strong> />

lobo direito localizada anteriormente a essa fissura é chamada de lobo quadrado,<<strong>br</strong> />

limitado à esquerda pela fissura umbilical e a direita pela fossa vesicular. Posterior a<<strong>br</strong> />

fissura hilar transversa, está o lobo caudado ou de Spieghel. O fígado é, portanto,<<strong>br</strong> />

grosseiramente dividido em dois lobos principais e dois acessórios que são bem<<strong>br</strong> />

individualizados por fissuras bem definidas (fissura umbilical e hilar transversa). Esses<<strong>br</strong> />

são os conceitos básicos da anatomia morfológica do fígado (Figuras 1A e B).<<strong>br</strong> />

O entendimento da anatomia funcional do fígado iniciou-se a partir dos trabalhos<<strong>br</strong> />

de Cantlie (1897), MacIndoe & Counseller (1927), Hjortsjö (1951), Goldsmith &<<strong>br</strong> />

Woodburne (1957) e finalmente Couinaud, em 1957. Essa revolução do entendimento<<strong>br</strong> />

anatômico clássico do fígado, que possibilitou o surgimento da anatomia hepática<<strong>br</strong> />

cirúrgica, consolidou-se em 1957 quando Couinaud demonstrou que a segmentação

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