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9º volume - União Neo-Teosófica

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Jakob Lorber<br />

340<br />

175. DIFICULDADE DO MÉDICO<br />

EM COMPREENDER A NATUREZA DE RAPHAEL<br />

1. O médico se aproxima de Raphael e começa a apalpá-lo. Após<br />

terminado este exame, ele diz: “Tua aparência é, sem dúvida, espiritual,<br />

pois a sutileza indescritível, a alvura de tua pele e a delicadeza de tua<br />

veste, traduzem que jamais existiria tal coisa entre os mortais. A rigidez de<br />

teus braços nada tem de espiritual e demonstra seres capaz de te medir com<br />

qualquer gladiador, – entretanto, és puro espírito! Como entendê-lo?”<br />

2. Diz Raphael: “Tem um pouco de paciência que o compreenderás<br />

mais facilmente. Repete teu exame e convence-te se ainda mantenho<br />

algo físico; em seguida, tira tuas conclusões dentro da lógica e da razão!”<br />

3. O médico prontamente apalpa as mãos de Raphael, conseguindo<br />

apenas tocar as próprias mãos; todavia, o anjo está à sua frente, sendo<br />

visto, porém, com os olhos da alma. Com esta experiência encabula e<br />

não sabe o que dizer. Após pequena meditação, ele diz: “Isto se assemelha<br />

ao ser e ao não-ser! Ora existe um corpo sólido, ora um etéreo. Como<br />

pode a razão humana assimilar isto? Intelecto e razão ficam confundidos!<br />

Tens que explicá-lo!<br />

4. Aqui estás; vejo-te e ouço a tua voz, entretanto não existes para os<br />

meus sentidos, embora te veja com os olhos da alma mais nitidamente<br />

que com os físicos, quando pela segunda vez toquei em teu corpo. O que<br />

significa isto? Acaso ter-te-ia apalpado como num sonho, apenas com as<br />

mãos de minha alma, o que para o físico é tão inútil quanto para o espírito<br />

e a alma? Se assim é, será difícil para a razão humana equilibrar-se no<br />

mundo material como também no espiritual, pois o primeiro é tanto<br />

quanto nada para o segundo e este, o mesmo para o primeiro, – todavia,<br />

ambos existem para os sentidos.<br />

5. Quem poderia entendê-lo? Tu és alguém – entretanto és puramente<br />

nada em relação aos meus sentidos; o mesmo devo ser com relação<br />

à tua individualidade, de sorte que ambos somos algo visível e audível,<br />

porém absolutamente nada à sensação vital, em síntese. Que é isto, – um

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