Vigilância Epidemiológica I - CEAD - Unimontes

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Figura 61: Lâmina com a presença de leishmania, agente causador da leishmaniose visceral ou calazar. Fonte: Disponível em . Acesso em 02 de maio de 2011. 11.1.4 Reservatório Na área urbana, o cão é a principal fonte de infecção. A enzootia canina tem precedido a ocorrência de casos humanos, e a infecção em cães tem sido mais prevalente do que no homem. No ambiente silvestre, os reservatórios são as raposas - Dusicyon vetulus e Cerdocyon thous - e os marsupiais - Didelphis albiventris. Figura 62: O cão é a principal fonte de infecção ou reservatório na área urbana; na área rural, divide esta importância com as raposas e os marsupiais. Fonte: Acervo do autor. e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 122 Vigilância em Saúde
11.1.5 Vetores O flebótomo, que é um inseto que mede de um a três milímetros. Os flebotomíneos, conhecidos popularmente como mosquito palha, cangalhinha, tatuquiras, birigui, asa dura, entre outros. No Brasil, duas espécies, até o momento, estão relacionadas com a transmissão da doença: Lutzomyia longipalpis e Lutzomyia cruzi. A primeira é considerada a principal espécie transmissora da Leishmania chagasi, mas a L. cruzi também é identificada como vetora em uma área específica do estado do Mato Grosso do Sul. A distribuição geográfica de L. longipalpis é ampla e está em expansão. Essa espécie é encontrada nas cinco regiões geográficas do país, sendo que, na região Sul, o primeiro registro ocorreu em dezembro de 2008 (BRASIL, 2009). Figura 63 :Flebótomo ou mosquito palha, transmissor da LV. Fonte: Disponível em . Acesso em 02 de maio de 2011. 11.1.6 Transmissão Como é que o mosquito palha transmite esta doença? Como já falamos, o calazar é causado pela Leishmania, que é encontrada no sangue de animais doentes, como o cão. Quando o mosquito flebótomo – mosquito palha - pica o cão doente, pode se infectar, ou seja, adquirir a Leishmania; ao picar uma pessoa sadia, ele pode repassar o parasita. Vigilância Epidemiológica I 123 Os flebotomíneos adaptam-se facilmente ao peridomicílio e a variadas temperaturas, podendo ser encontrados no interior dos domicílios e em abrigos de animais domésticos. Há indício de que o período de maior transmissão da leishmaniose visceral ocorra durante e logo após a estação chuvosa, quando há o aumento da densidade populacional do inseto. Prioritariamente, sua alimentação é noturna; durante o dia, ficam em repouso, em lugares sombreados e úmidos, protegidos do vento e de predadores naturais. Pesquisa realizada pela Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG -, em Montes Claros/ MG, confirmaram que os mosquitos têm maior facilidade em transmitir a leishmaniose para cães que têm o pelo curto. e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
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