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Vigilância Epidemiológica I - CEAD - Unimontes

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epidemiológico baseado nos três componentes: agente, hospedeiro e meio,<br />

considerados como fatores causais ou que demonstram a MULTICAUSALIDADE<br />

como determinante da doença, e não apenas a presença exclusiva de um<br />

agente etiológico. Conhecimentos confirmados principalmente pelos estudos<br />

da EPIDEMIOLOGIA social, em meados do século XX, que esclarecem melhor a<br />

determinação e a ocorrência das doenças em termos individuais e coletivos.<br />

A partir desses conhecimentos, passa-se a considerar a saúde e a<br />

doença como estados de um mesmo processo, composto por fatores BIO-<br />

LÓGICOS, FÍSICOS E SOCIAIS, portanto, nem todas as pessoas que contraem<br />

(pegam) uma bactéria ou um vírus desenvolvem a doença, bem como, dentre<br />

aqueles que desenvolvem a doença, a minoria tem complicações graves e<br />

vem a óbito. Tudo isto depende do ambiente em que a pessoa vive, da situação<br />

econômica e social. Depende da resistência orgânica de cada um, se<br />

é bem alimentado ou não, das condições de moradia, sem se esquecer dos<br />

hábitos e dos costumes que podem influenciar, e muito, no desenvolvimento<br />

da doença.<br />

Figura 6: Água contaminada, lixo exposto, contato com vetores (exposição a<br />

riscos biológicos), situação socioeconômica, cultural e social. Demonstração da<br />

multicausalidade de doenças.<br />

Fonte: Acervo do autor.<br />

Para você confirmar esta hipótese, basta observar a frequência de<br />

doenças e os óbitos entre as pessoas menos favorecidas economicamente, que<br />

vivem em situações precárias, em comunidades pobres rurais e urbanas da sua<br />

região. Isto não descarta as comunidades que têm um bom poder econômico<br />

de adoecerem e morrerem; pode acontecer, porém, em menor proporção, pelo<br />

menos por algumas doenças, como o sarampo, entre outras.<br />

<strong>Vigilância</strong> <strong>Epidemiológica</strong> I 21<br />

Não se esqueça de que<br />

o estilo de vida pode<br />

estar condicionado a<br />

fatores econômicos,<br />

sociais, culturais, entre<br />

outros. De qualquer<br />

modo, o importante<br />

é saber e reconhecer<br />

essa abrangência e<br />

complexidade causal:<br />

saúde e doença<br />

não são estados<br />

estanques, isolados<br />

ou que acontecem<br />

aleatoriamente – não<br />

se está com saúde ou<br />

doente por acaso. Há<br />

uma determinação<br />

permanente, um<br />

PROCESSO CAUSAL,<br />

que se identifica com<br />

o modo de organização<br />

da sociedade. Daí,<br />

dizer-se que há uma<br />

“produção social da<br />

saúde e/ou da doença”<br />

(ALMEIDA, 1998).<br />

e-Tec Brasil/CEMF/<strong>Unimontes</strong>

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