Vigilância Epidemiológica I - CEAD - Unimontes
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11.2.7.2 Conduta frente a um caso suspeito<br />
Segundo o Guia epidemiológico (Brasil, 2009), caderno 11, o caso<br />
suspeito deve ser submetido à investigação clínica e epidemiológica e, se<br />
disponível, aos métodos auxiliares de diagnóstico. Caso seja confirmado,<br />
iniciam-se a investigação epidemiológica e o tratamento preconizado, acompanhando-se,<br />
mensalmente, para avaliação da cura clínica, durante 3 meses,<br />
após conclusão do esquema terapêutico. Cabe-se ressaltar a importância da<br />
continuidade do acompanhamento do paciente durante 6 a 12 meses, após<br />
o término do tratamento, visando avaliar a possibilidade de ocorrência de<br />
recidiva.<br />
Após a detecção do caso de LTA, a investigação epidemiológica faz-<br />
-se necessária, de modo geral, para:<br />
• conhecer as características epidemiológicas do caso (forma clínica,<br />
idade e sexo) e a atividade econômica relacionada com a<br />
transmissão;<br />
• identificar se o paciente é proveniente de área endêmica ou se<br />
é um novo foco de transmissão;<br />
• realizar busca ativa de casos novos e caracterizá-los clínica e<br />
laboratorialmente;<br />
• realizar, se necessário, a pesquisa entomológica para a definição<br />
das espécies de flebotomíneos envolvidas com a transmissão;<br />
• avaliar o local provável de infecção – LPI - para verificar a necessidade<br />
de adoção de medidas de controle químico.<br />
Resumo<br />
Nesta aula, você aprendeu que:<br />
• a leishmaniose visceral – LV - ou calazar é uma doença grave que<br />
acomete o fígado, baço e a medula óssea das pessoas e de alguns<br />
animais, e que a leishmaniose tegumentar americana – LTA<br />
-, ou ferida brava, é uma doença infecciosa, não contagiosa, que<br />
provoca úlceras na pele e nas mucosas; ambas são de notificação<br />
compulsória;<br />
• as leishmanioses são transmitidas dos animais doentes às pessoas<br />
por meio do flebotomíeo fêmea infectada.<br />
• a LTA são úlceras na pele e na mucosa, enquanto a LV manifesta-<br />
-se, como o nome já diz, nas “vísceras”, no fígado, no baço e na<br />
medula óssea, deixando as pessoas com febre de longa duração,<br />
perda de apetite e emagrecimento, palidez, tosse seca, fraqueza,<br />
anemia, debilitação e, se não tratada, pode evoluir para hemorragias<br />
digestivas e icterícia; muitas vezes, levam ao óbito;<br />
• tanto os casos suspeitos da LTA como da LV devem ser submetidos<br />
à investigação clínica e epidemiológica e, após confirmados,<br />
são de notificação obrigatória;<br />
• as medidas de controle direcionadas ao homem é a proteção<br />
individual, ao vetor, o saneamento ambiental, e à população<br />
canina o controle da população canina errante e a eliminação de<br />
cães positivos para Leihsmania.<br />
<strong>Vigilância</strong> <strong>Epidemiológica</strong> I 129<br />
A detecção de casos de<br />
LTA pode ocorrer por<br />
meio de:<br />
• demanda espontânea<br />
às unidades de saúde;<br />
• busca ativa de<br />
casos em áreas de<br />
transmissão;<br />
• visitas domiciliares<br />
dos profissionais do<br />
Programa de Agentes<br />
Comunitários de Saúde<br />
– PACS -, Estratégia<br />
da Saúde da Família –<br />
ESF - e do controle das<br />
endemias;<br />
• encaminhamentos de<br />
suspeitos feitos pela<br />
rede básica de saúde.<br />
e-Tec Brasil/CEMF/<strong>Unimontes</strong>