Vigilância Epidemiológica I - CEAD - Unimontes
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tenham se mostrado efetivas. A consolidação, a análise e a interpretação dos<br />
dados disponíveis devem considerar as características de pessoa, tempo, lugar<br />
e os aspectos clínicos e epidemiológicos para a formulação de hipóteses quanto<br />
ao diagnóstico clínico, à fonte de transmissão, aos potenciais riscos ambientais e<br />
à efetividade das medidas de controle adotadas até aquele momento.<br />
Quando a investigação não se referir a casos isolados, os dados<br />
colhidos deverão ser consolidados em tabelas, gráficos, mapas da área em<br />
estudo, fluxos de pacientes, entre outros. Essa disposição fornecerá uma<br />
visão global do evento, permitindo a avaliação de acordo com as variáveis<br />
de tempo, espaço e pessoas (quando? onde? quem?), possível relação causal<br />
(por quê?), e deverá ser comparada com a informação referente aos períodos<br />
semelhantes de anos anteriores.<br />
Uma vez processados, os dados deverão ser analisados criteriosamente.<br />
Quanto mais oportuna e adequada for a análise, maior será a efetividade<br />
dessa atividade, pois orientará com mais precisão o processo de decisão-ação.<br />
Etapa 5 – Encerramento de casos<br />
Nesta etapa da investigação epidemiológica, as fichas epidemiológicas<br />
de cada caso devem ser analisadas, visando definir qual critério (clínico-<br />
-epidemiológico-laboratorial; clínico-laboratorial; clínico-epidemiológico) foi ou<br />
será empregado para o diagnóstico final, considerando as definições de caso<br />
específicas para cada doença, contidas no Guia de <strong>Vigilância</strong> <strong>Epidemiológica</strong>.<br />
Etapa 6 – Relatório final<br />
Os dados da investigação deverão ser sumarizados em um relatório<br />
que inclua a descrição do evento (todas as etapas da investigação),<br />
destacando-se:<br />
• causa da ocorrência, indicando, inclusive, se houve falha da <strong>Vigilância</strong><br />
<strong>Epidemiológica</strong> e/ou dos serviços de saúde e quais providências<br />
foram adotadas para a sua correção;<br />
• se as medidas de prevenção implementadas em curto prazo estão<br />
sendo executadas;<br />
• descrição das orientações e recomendações, a médio e longo<br />
prazo, a serem instituídas, tanto pela área de saúde quanto de<br />
outros setores.<br />
Resumo<br />
Nesta aula, você aprendeu:<br />
• que, em 1975, o Ministério da Saúde instituiu o Sistema Nacional<br />
de <strong>Vigilância</strong> <strong>Epidemiológica</strong> – SNVE -;<br />
• que, com as profundas mudanças no perfil epidemiológico das<br />
populações, houve o declínio das taxas de mortalidade por doenças<br />
infecciosas e parasitárias e o crescente aumento das mortes<br />
por causas externas e doenças crônicas degenerativas no<br />
escopo da <strong>Vigilância</strong> <strong>Epidemiológica</strong>;<br />
• que o propósito da <strong>Vigilância</strong> <strong>Epidemiológica</strong> é fornecer orientação<br />
técnica para os profissionais de saúde, subsidiando-os no<br />
<strong>Vigilância</strong> <strong>Epidemiológica</strong> I 83<br />
Em situações de eventos<br />
inusitados, após a<br />
coleta dos dados dos<br />
primeiros casos, deve-se<br />
padronizar o conjunto<br />
de manifestações<br />
clínicas e as evidências<br />
epidemiológicas,<br />
definindo-se o que<br />
será considerado como<br />
“caso”.<br />
e-Tec Brasil/CEMF/<strong>Unimontes</strong>