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Presidente - Pedagogia ao Pé da Letra

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A EDUCAÇÃO E A CRISE BRASILEIRA<br />

Essa prova, entretanto, repito, não pode ser obti<strong>da</strong> senão<br />

por um julgamento estranho à instituição interessa<strong>da</strong>. Por<br />

esse julgamento é que às escolas quebrariam O círculo vicioso<br />

emque estão encerra<strong>da</strong>s e se fariam dinâmicas e progressivas.<br />

Daí, como se verá, a razão de propugnarmos O chamado<br />

exame de estado para a aferição <strong>da</strong> eficácia real do ensino. O<br />

exame de estado, em essência, é O exame dos alunos por pessoas<br />

ou instituições que não estejam comprometi<strong>da</strong>s no processo<br />

de aprendizagem que se deseja julgar e medir e, portanto,<br />

tenham a isenção e objetivi<strong>da</strong>de necessárias para fazê-lo.<br />

Os nossos atuais exames vestibulares estão de certo modo<br />

exercendo esta função e, na medi<strong>da</strong> em que a instituição<br />

que os realiza tem as condições necessárias para ser isenta<br />

e objetiva, confirmam, com as suas reprovações maciças, O<br />

nosso julgamento <strong>da</strong> situação educacional brasileira e mostram<br />

como a mesma seria, primeiro, revela<strong>da</strong> e depois corrigi<strong>da</strong>,<br />

se tais exames não fossem apenas os de admissão à escola<br />

superior, mas substituíssem os atuais <strong>da</strong>s escolas secundárias.<br />

Quando se fala em exame de estado, há uma grande resistência,<br />

sobretudo pelo argumento atualmente mais apresentado:<br />

a inexeqüibili<strong>da</strong>de prática. Costumo dizer, quando<br />

argumento, que já temos, de algum modo, uma forma de<br />

exame de estado, e é O exame vestibular às escolas superiores.<br />

Tratando-se de exame realizado por instituições não comprometi<strong>da</strong>s<br />

com a oficialização do ensino secundário brasileiro,<br />

os seus resultados ganham inegavelmente autentici<strong>da</strong>de. E<br />

todos sabemos quais são estes resultados, constituindo eles<br />

um julgamento severíssimo <strong>da</strong> situação educacional. Ora, seria<br />

bastante exigirmos exames desse tipo em determinados períodos<br />

dos ciclos secundários, para imediatamente pormos<br />

esse ensino secundário em condições de se valorizar, progredir<br />

e melhorar.<br />

Todo O vício do regime está aí. Se tivéssemos fixado<br />

aquelas condições extrínsecas para a "equiparação" e depois

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