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Presidente - Pedagogia ao Pé da Letra

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A EDUCAÇÃO E A CRISE BRASILEIRA<br />

<strong>da</strong>s instituições existentes e cria<strong>da</strong>s pelo próprio<br />

homem.<br />

O renascimento, O humanismo e a reforma iniciaram, por<br />

isto mesmo, logo depois, um período de intensa e consciente<br />

revisão, em que O indivíduo ligado e religado na rede de instituições<br />

que lhe organizavam a vi<strong>da</strong> e que se haviam tornado<br />

decadentes, na época medieval, se sente não libertado<br />

mas tolhido e empreende as suas jorna<strong>da</strong>s libertárias, que culminam<br />

com a revolução inglesa, a americana e a francesa, to<strong>da</strong>s basea<strong>da</strong>s em certo<br />

tanto, corrigiria O seu inevitável anarquismo por meio do hábil<br />

recurso criado pela descoberta rousseauniana <strong>da</strong> idéia de<br />

"contrato social'- O individualismo <strong>da</strong> época é, sob certo as^<br />

pecto, um retrocesso, pois, permite a volta <strong>ao</strong> poder absorvente<br />

dos governos. Mas, temos, <strong>da</strong>í por diante, O homem<br />

ca<strong>da</strong> vez mais consciente nos seus esforços deliberados de<br />

organização social, chegando, mais tarde, a querer reduzir a<br />

atos de vontade a própria criação do Estado. A revolução<br />

americana, por exemplo, é afirmação eloqüente dessa nova<br />

força <strong>da</strong>s idéias sobre a tradição, os hábitos e os costumes,<br />

plasmando uma nação e logo um estado, por ato expresso<br />

de um conjunto de vontades individuais.<br />

Da destruição, contudo, de to<strong>da</strong>s aquelas corporações medievais,<br />

que de "libertadoras" já se haviam tomado coatoras,<br />

a que se atirou O homem moderno, para, sobre elas, erguer O<br />

indivíduo racional, puro e sem pêias, embriagado com a sua<br />

consciência de razão e de liber<strong>da</strong>de, salvou-se uma corporação:<br />

a universi<strong>da</strong>de, talvez por ter tido evolução, afinal, inversa <strong>da</strong>s<br />

demais corporações.<br />

A corporação era, como sugerimos, uma "liber<strong>da</strong>de" organiza<strong>da</strong>.<br />

Na socie<strong>da</strong>de de artesãos e mercadores, que veio<br />

a configurar, por último, a i<strong>da</strong>de média, as uni<strong>da</strong>des corporativas<br />

eram O comércio e os ofícios (indústria), que se baseavam<br />

nas ativi<strong>da</strong>des e artes empíricas e tradicionais <strong>da</strong> espécie.<br />

O conhecimento artesanal não era "racional" ou "científico<br />

mas de tirocíiúo, e se transmitia pelo aprendizado di-<br />

E as ativi<strong>da</strong>des comerciais nem disto precisavam.

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