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Manual de Cachaça 4.a - Feam

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A presença do oxigênio é importante na fase <strong>de</strong> preparo do fermento, pois é<br />

quando há a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> intensa aeração.<br />

Teores <strong>de</strong> açúcar, entre 4 a 5º Brix (% <strong>de</strong> açúcar) e intensa aeração, favorecem<br />

a multiplicação das leveduras.<br />

Em ausência <strong>de</strong> oxigênio, as leveduras alcoólicas transformam o açúcar em<br />

álcool e gás carbônico. Nessa situação, o teor <strong>de</strong> açúcar não <strong>de</strong>ve ultrapassar<br />

16º Brix.<br />

Acima <strong>de</strong> 16º Brix, o álcool produzido na fermentação exerce efeito tóxico às<br />

leveduras, prejudicando o seu trabalho <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> aguar<strong>de</strong>nte e sua<br />

reprodução.<br />

3.4.5.2 - pH - As leveduras<br />

O caldo <strong>de</strong> cana apresenta uma aci<strong>de</strong>z ionizável ou um pH em torno <strong>de</strong> 5,5.<br />

Nessa condição, o índice <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>z favorece a ativida<strong>de</strong> reprodutiva das<br />

leveduras. Para a produção da cachaça, o pH i<strong>de</strong>al <strong>de</strong>ve situar-se na faixa <strong>de</strong><br />

4,0 a 5,0. Geralmente, a aci<strong>de</strong>z do caldo é suficiente para uma boa<br />

fermentação.<br />

Uma colheita cuidadosa, sem queimar a cana, uma boa limpeza e diluição do<br />

caldo, um acompanhamento da vitalida<strong>de</strong> do fermento e ajustamentos da<br />

quantida<strong>de</strong> do pé-<strong>de</strong>-cuba, normalmente, superam as necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

correção do pH.<br />

3.4.5.3 - Temperatura<br />

Na fase <strong>de</strong> produção do fermento, entre 26 a 32 ºC, passando para 32ºC,<br />

começam as infusões. Nesse ponto é necessária à refrigeração à base <strong>de</strong><br />

banho <strong>de</strong> água na dorna. As temperaturas, acima <strong>de</strong>sse limite, trazem como<br />

conseqüência o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> outros tipos <strong>de</strong> fermentação, tais como:<br />

acética, láctica, butírica, <strong>de</strong>xtrânica etc, prejudiciais à qualida<strong>de</strong> da aguar<strong>de</strong>nte.<br />

O controle da temperatura do mosto, <strong>de</strong>ntro da faixa i<strong>de</strong>al para o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento das leveduras, favorece a transformação do açúcar em álcool,<br />

em <strong>de</strong>trimento do <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> outros microrganismos in<strong>de</strong>sejáveis<br />

(infecção).<br />

As temperaturas abaixo do limite mínimo trazem, como conseqüência, um<br />

maior tempo <strong>de</strong> fermentação, pela menor ativida<strong>de</strong> das leveduras.<br />

3.4.5.4 - Controle dos aci<strong>de</strong>ntes na fermentação<br />

Para evitar as contaminações por bactérias na fermentação, os produtores <strong>de</strong><br />

cachaça <strong>de</strong> alambique <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> observam os seguintes cuidados:<br />

a) Não queimar a cana;<br />

b) Moer a cana no mesmo dia da colheita, armazenando-a em lugar<br />

coberto e fresco por, no máximo, 24 horas;<br />

c) Manter rigorosa higiene dos equipamentos e instalações, o que inclui:<br />

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