Dissertação - USP
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Para assegurar a proteção do solo e dos mananciais subterrâneos,<br />
os lagos ou áreas de resíduos de bauxita são revestidos internamente por<br />
dupla camada de impermeabilizante (argila e PVC). Sistemas de<br />
drenagem de fundo permitem recolher a água com soda, bombeando-a<br />
para ser reciclada no processo. No sistema de drenagem superficial a<br />
água neutralizada é lançada ao meio ambiente. Uma vez cheios, os lagos<br />
de resíduos são totalmente recuperados, segundo modernas técnicas,<br />
para se integrar à paisagem natural, com permanente monitoramento<br />
das águas subterrâneas, mesmo após o final do processo de reabilitação.<br />
No aspecto de utilização de recursos naturais, destaca-se uma<br />
queda no consumo de água nos três últimos anos, devido a melhorias no<br />
processo e à qualidade da bauxita.<br />
A indústria brasileira de alumínio vem se antecipando à tendência<br />
de redução do consumo de água, tendo em vista a preocupação mundial<br />
quanto à escassez deste recurso, e está alinhada ao foco global sobre uso<br />
e preservação dos recursos hídricos.<br />
As taxas de emissões atmosféricas oriundas da refinaria também<br />
têm registrado queda nos últimos três anos, graças ao esforço contínuo<br />
na busca de padrões e tecnologias de controle de material particulado<br />
nas caldeiras e fornos de calcinação de alumina.<br />
A redução do consumo e a geração própria de energia elétrica são<br />
fatores de sustentabilidade e competitividade para a indústria de<br />
alumínio. Segundo o International Aluminium Institute – IAI, no mundo,<br />
entre os produtores de alumínio primário, 27% têm energia própria, 55%<br />
utilizam recursos hídricos, 30% carvão e 15% gás. No Brasil, 100% da<br />
energia elétrica consumida na produção de alumínio primário é<br />
proveniente de hidrelétricas, uma fonte energética considerada limpa e<br />
renovável, conforme visto anteriormente.<br />
A indústria brasileira do alumínio está comprometida também em<br />
reduzir o impacto ambiental das suas emissões que contribuem para o<br />
efeito estufa, mantendo posição bastante favorável em relação aos<br />
principais produtores mundiais. Para isso, tem se empenhado no<br />
controle e redução de gases resultantes dos efeitos anódicos, conhecidos<br />
como perfluorcarbonos – PFC´s.<br />
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