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Monografia - Faculdade de Comunicação da UFBA - Universidade ...

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INTRODUÇÃO<br />

O interesse pelo estudo do público masculino, na publici<strong>da</strong><strong>de</strong> contemporânea, surgiu<br />

quando percebemos que os homens haviam renovado os seus conceitos sobre a vai<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

masculina, consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong>, até então, um tabu na socie<strong>da</strong><strong>de</strong> patriarcal. Nessa perspectiva,<br />

<strong>de</strong>cidimos estu<strong>da</strong>r algumas mu<strong>da</strong>nças que ocorreram nos anúncios publicitários feitos para<br />

atrair este segmento para o consumo. Notamos que o discurso sobre o público masculino<br />

revela um perfil diferenciado <strong>da</strong> noção <strong>de</strong> “homem <strong>de</strong> ver<strong>da</strong><strong>de</strong>”, vigente na socie<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

patriarcal - viril, machista, conservador, provedor familiar e sem maiores preocupações com<br />

seu visual.<br />

Com a conquista <strong>da</strong>s mulheres, a partir <strong>da</strong> déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 1960, <strong>de</strong> espaços antes tidos<br />

como masculinos, verificamos que, gra<strong>da</strong>tivamente, transformações foram se operando nos<br />

papéis <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> gênero. Partimos do pressuposto <strong>de</strong> que a mu<strong>da</strong>nça <strong>de</strong> comportamento dos<br />

homens ocorreu a partir emancipação feminina nos anos 1960. Desta forma, nesta pesquisa<br />

observamos que alguns homens, além <strong>de</strong> trabalharem fora do ambiente doméstico, passaram a<br />

dividir as tarefas <strong>de</strong> casa com as esposas, ou assumirem, sem a presença <strong>da</strong> mulher, as<br />

responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong> família.<br />

Através <strong>da</strong> percepção <strong>de</strong>stas mu<strong>da</strong>nças no contexto histórico-social, a publici<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

busca atualizar e fixar a noção <strong>de</strong> consumo posta em prática pelo público masculino,<br />

representando-o através <strong>de</strong> seu discurso. Notoriamente, há uma predileção nos discursos<br />

publicitários pela construção <strong>da</strong> imagem <strong>de</strong> um homem preocupado com a aparência, que<br />

contempla as mu<strong>da</strong>nças <strong>de</strong> comportamentos e, simultaneamente a isso, a criação <strong>de</strong> produtos<br />

que aten<strong>da</strong>m as suas especifici<strong>da</strong><strong>de</strong>s. Nessa perspectiva, vários produtos historicamente<br />

consagrados como o uso feminino, tais como cosméticos, produtos têxteis, higiene pessoal,<br />

além <strong>de</strong> serviços especializados na manutenção <strong>da</strong> beleza, passaram a ser consumidos não<br />

apenas pelo público feminino, mas também pelo masculino, rompendo os padrões<br />

estereotipados que enxergavam os cui<strong>da</strong>dos com a imagem como algo exclusivo <strong>da</strong>s<br />

mulheres.<br />

Diante <strong>de</strong>sta percepção e <strong>da</strong>s leituras dos autores atentos a este fenômeno, tais como<br />

França (2006), Gouveia (2006), Felerico e Hoff (2007), Sousa (2008), Figueiredo (2008),

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