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Monografia - Faculdade de Comunicação da UFBA - Universidade ...

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1.2 O ingresso do masculino no universo feminino.<br />

A publici<strong>da</strong><strong>de</strong> até a déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 90 se preocupava com a construção <strong>de</strong> um cenário<br />

favorável a divulgação do domínio masculino perante a socie<strong>da</strong><strong>de</strong>, na qual alguns homens<br />

eram representados como seres insensíveis, prevalecendo, assim, a força como sinônimo <strong>de</strong><br />

virili<strong>da</strong><strong>de</strong>. Ela se atinha a mitificação <strong>da</strong> mulher como sexo frágil, mesmo após a expansão do<br />

movimento feminista em meados <strong>da</strong> déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 60.<br />

Com as mu<strong>da</strong>nças suscita<strong>da</strong>s pela globalização, como o surgimento <strong>de</strong> uma nova<br />

“socie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> consumo” (BAUDRILLARD, 1995) e a revolução <strong>da</strong> comunicação, o universo<br />

masculino passou a ser alvo <strong>de</strong> atenção <strong>da</strong> publici<strong>da</strong><strong>de</strong>, que observava um maior interesse,<br />

pelo homem, em cui<strong>da</strong>r do corpo, na <strong>de</strong>monstração <strong>da</strong> sua sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> e acima <strong>de</strong> tudo na<br />

forma <strong>de</strong> pensar os estereótipos sociais. As indústrias <strong>de</strong> beleza aparecem nesse cenário em<br />

busca <strong>de</strong> novos consumidores para assim estimular à compra compulsiva. Assim, a<br />

publici<strong>da</strong><strong>de</strong> aju<strong>da</strong> no direcionamento e persuasão <strong>de</strong> mensagens aos indivíduos, potenciais<br />

consumidores. De acordo com Felerico e Hoff (2007, p.2):<br />

A mídia encontrou no “corpo perfeito” o discurso i<strong>de</strong>al para a difusão dos produtos e<br />

serviços <strong>de</strong> beleza, como os cosméticos, os mo<strong>de</strong>radores <strong>de</strong> apetite, as cirurgias<br />

plásticas, as clínicas <strong>de</strong> estéticas e aca<strong>de</strong>mias esportivas, entre outros. Ela adquiriu<br />

um imenso po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> influência sobre os indivíduos, massificou a paixão pela mo<strong>da</strong> e<br />

tornou a aparência uma dimensão essencial na socie<strong>da</strong><strong>de</strong> do espetáculo.<br />

Nessa nova configuração social surge um “novo” homem que passa a repensar os<br />

estereótipos (“homem não chora”, “lugar <strong>de</strong> mulher é na cozinha”, “homem não se cui<strong>da</strong>”<br />

etc.) ditados por uma socie<strong>da</strong><strong>de</strong>, até então, vista como conservadora. Para França (2006), os<br />

estereótipos são capazes <strong>de</strong> gerar mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> comportamentos que influenciam, assim,<br />

opiniões e atitu<strong>de</strong>s, além <strong>de</strong> fazer com que produtos possam ser classificados como masculino<br />

e feminino. Em linhas gerais, po<strong>de</strong>m-se <strong>de</strong>finir os estereótipos como uma opinião pré-<br />

concebi<strong>da</strong> ou preconceituosa sobre uma pessoa, raça ou até mesmo uma situação. Conforme<br />

Charau<strong>de</strong>au e Maingueneau (2004, p. 213) apud Heine (2008, p.164):

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