Ao Encontro de Uma Nova Era - Racionalismo Cristão
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Os que se acham submersos em dúvidas, pensam que os outros se<br />
encontram nas mesmas condições e, por isso, dão <strong>de</strong> ombros, imaginando<br />
ser impossível sair <strong>de</strong>ssa obscurida<strong>de</strong>. Não é por acaso que se revelam,<br />
nessa situação, mas por falta <strong>de</strong> acervo espiritual que os capacite a subir<br />
um pouco mais na escala da espiritualida<strong>de</strong>, <strong>de</strong> on<strong>de</strong>, ao <strong>de</strong>scortinar um<br />
horizonte mais amplo, possam também ver mais adiante.<br />
Os conhecimentos, como a luz espiritual, não vêm ao encontro da<br />
pessoa, em procura <strong>de</strong>la; ao contrário, a criatura é que tem <strong>de</strong> ir buscar,<br />
com empenho, a sabedoria espiritual, por ser esta um acervo, dissipador <strong>de</strong><br />
todas as dúvidas. Na vida não se po<strong>de</strong> cruzar os braços, negligentemente,<br />
porque o tempo corre, e é preciso acompanhá-lo.<br />
Aquilo que, por indolência, se <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> apren<strong>de</strong>r hoje, fará muita<br />
falta amanhã, e em conseqüência, os frutos da dor logo se manifestam.<br />
Muitos sofrem exclusivamente porque não dispõem dos recursos<br />
espirituais que <strong>de</strong>ixaram, preguiçosamente, <strong>de</strong> colher no curso da vida ou<br />
<strong>de</strong> vidas passadas. As oportunida<strong>de</strong>s vêm para todos, mas os sonolentos<br />
não as percebem, e <strong>de</strong>ixam-nas passar intactas.<br />
Quem <strong>de</strong>sconhecer esta Doutrina e tiver nas mãos uma <strong>de</strong> suas obras,<br />
está com uma oportunida<strong>de</strong> diante <strong>de</strong> si; se for aproveitada, po<strong>de</strong>-se<br />
afirmar que adquiriu um tesouro imperecível. Esta <strong>de</strong>claração é baseada na<br />
experiência dos que souberam tirar <strong>de</strong>la a sua substância espiritual.<br />
V – Ressentimentos<br />
Quase todas as pessoas são suscetíveis <strong>de</strong> se ressentirem com<br />
alguém, por via da mágoa. Quem magoa, erra, mas a atingida pela mágoa<br />
<strong>de</strong>ve procurar não se ressentir. Trata-se, por vezes, <strong>de</strong> amiza<strong>de</strong> antiga que<br />
se rompe por pouca coisa.<br />
Por isso é que no <strong>Racionalismo</strong> <strong>Cristão</strong> a atenção é chamada para a<br />
tolerância e o bom entendimento. Todos precisam ser tolerantes. Acontece<br />
que uma frase ou uma palavra pronunciadas, inadvertidamente, por não<br />
haver ocorrido, na ocasião, uma expressão mais sociável, faz surgir uma<br />
mágoa que perdura, se a ofendida não puser uma pedra em cima.<br />
Acontece também que a pessoa que se <strong>de</strong>scuidou e feriu, contra a sua<br />
vonta<strong>de</strong>, o seu amigo, sendo um tanto orgulhosa não se <strong>de</strong>sculpa,<br />
convenientemente, com receio <strong>de</strong> se humilhar. Não há humilhação<br />
nenhuma em a pessoa se retratar, quando a falha à reconhecidamente sua;<br />
ao contrário, há, no caso, uma exaltação, uma sublimação, conforme<br />
sentem claramente os que possuem a sensibilida<strong>de</strong> verda<strong>de</strong>iramente cristã.<br />
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